Como se os Estados não estivessem quebrados, os municípios de chapéu na mão e a União em crise, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou aumento dos salários dos ministros do STF de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil. A medida eleva, em cascata, o teto remuneratório do funcionalismo no país. É um desserviço neste momento em que Estados, como o Rio Grande do Sul, sequer pagam em dia o salário dos professores.

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Das mais importantes autoridades do Judiciário, se esperava um mínimo de bom senso neste momento. Não houve. Os próprios senadores reconhecem a pressão. Dos parlamentares, o que se pode exigir é um pouco menos de subserviência, como reclamou o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) – que chegou a apresentar voto em separado. Afinal, a votação ocorreu quando a comissão estava esvaziada. A proposta ainda precisa passar pela Comissão de Assuntos Econômicos e pelo plenário. Que as prioridades sejam restabelecidas.

Vai continuar

O Ministério da Saúde assegura que não haverá interrupção do programa Mais Médicos. Por pressão dos próprios prefeitos, os editais para contratação de profissionais continuarão a ser lançados. A partir desde mês, começam a chegar a Santa Catarina os 37 profissionais previstos para a fase atual, inclusive com a chegada de estrangeiros.

Quem avisa…

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Contra a flexibilização das contrapartidas exigidas aos Estados na renegociação das dívidas com a União, o deputado Edinho Bez (PMDB-SC) alertou os colegas de bancadas para os riscos das finanças públicas nos próximos anos. O projeto deve ser votado na próxima semana com a retirada de algumas exigências consideradas fundamentais para o controle do crescimento da folha do funcionalismo.

O mínimo

Representantes de tribunais de contas participam hoje de reunião com o ministro Mendonça Filho (Educação) sobre a adoção do Custo Aluno Qualidade. Esse é um indicador que mostra quanto deve ser investido ao ano por aluno em cada etapa da educação básica. A ideia é assegurar um padrão mínimo de qualidade.

Em plena quarta

Eram poucos os deputados no cafezinho da Câmara. Em razão das convenções municipais, muitos parlamentares deixaram a capital federal logo cedo. Não faltou, no entanto, deputado criticando o novo presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acusando o estreante de “falta de pulso”.