Carolina Bahia: Atenções voltadas para o julgamento da dívida, no STF

UNIDOS

Os governadores do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina estão há dois dias em Brasília, trabalhando lado a lado. Com situações fiscais diferentes, José Ivo Sartori (PMDB) e Raimundo Colombo (PSD) se uniram para falar com ministros do STF sobre o processo que questiona os juros da renegociação da dívida. O maior desafio é mostrar que o impacto para a União não será imediato. O julgamento será hoje. Ouça o comentário:

NO DESESPERO

Senadores que defendem a bandeira das Diretas Já receberam do Planalto o seguinte recado: a presidente Dilma não descarta a ideia de mandar para o Congresso a emenda constitucional da realização, ainda neste ano, de eleições presidenciais. Esse é um assunto, no entanto, sem consenso dentro do governo e do próprio PT. O que não faltam são entraves. Seriam necessárias a renúncia da presidente e do vice e a aprovação da proposta em dois turnos na Câmara e outros dois no Senado. Alguém acredita que isso possa ocorrer em tempo recorde dentro do Congresso? É uma ideia classificada como golpe por Michel Temer, que já está quase sentado na cadeira presidencial. O que mantém vivo o projeto entre parlamentares contra o impeachment são as pesquisas que mostram a baixa popularidade de Temer. Viável, não é, mas serve para alimentar o embate político.

CHANCELA

O presidente da OAB, Claudio Lamachia, determinou que a Comissão de Estudos Constitucionais da Ordem analise a viabilidade técnica da proposta de eleições presidenciais ainda em outubro. Senadores encaminharam a emenda à OAB, na busca de apoio. Lamachia vai aguardar o resultado do estudo.

PREFERÊNCIAS

Em reunião com deputados do PMDB, o vice Michel Temer afirmou que gostaria de contar em seu governo de transição, com o senador tucano José Serra (SP) e com o ex-ministro da Justiça Nelson Jobim. Ex-ministro de Fernando Henrique, Lula e Dilma, Jobim é lembrado tanto para a Justiça quanto para a Defesa.

PRECISA DESENHAR?

Quem ouviu o depoimento de Fernando Baiano no Conselho de Ética entendeu por que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) fez o que pôde para impedir a presença do lobista. Se o processo fosse sério, o pedido de cassação seria enviado ao plenário para votação o mais rápido possível.