Santa Catarina chegou a sexta-feira (17) que antecede o Carnaval de 2023 com uma maioria de pontos próprios para banho no litoral: são 163 nesta condição, o equivalente a 68,7% dos 237 locais analisados pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA). Outros 74 estão inapropriados para receberem banhistas, sete a mais do que no relatório anterior, que havia mostrado o melhor patamar do estado neste verão.
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Florianópolis também teve leve piora, mas ainda segue com uma maioria de pontos próprios. Dos 87 locais com coleta de água analisada pelo IMA, 62 estão adequados para banho, o que representa 71,26% — na semana anterior, eram 21 impróprios, o que passou agora para 25.
Melhora no cenário
No início da alta temporada, o litoral catarinense apresentou dificuldades em manter uma maioria de pontos próprios para banho, o que tem melhorado desde o fim de janeiro. Em 23 de dezembro, dois dias após o início do verão, Santa Catarina tinha 122 locais inadequados para banhistas (51,5%).
Florianópolis manteve panorama semelhante e, na primeira semana de janeiro, chegou a bater o pior início de verão em termos de balneabilidade para as mais badaladas praias do Norte da Ilha de Santa Catarina em ao menos 21 anos, conforme identificou reportagem do NSC Total, com as praias de Jurerê Internacional, Jurerê, Canasvieiras e dos Ingleses impróprias para banhistas naquela ocasião.
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Como é feita a análise
Para chegar ao seu veredito sobre a água ser própria ou não, o IMA faz uma análise baseada em uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) que tem como parâmetro a bactéria Escherichia coli, achada no sistema digestivo dos animais de sangue quente.
São colhidas cinco amostras da água em um mesmo ponto em dias diferentes: se ao menos quatro das coletas (80%) tiver até 800 Escherichia coli por 100 mililitros, o local é considerado próprio; caso não atenda a esse critério ou haja mais de 2 mil micro-organismos na amostra mais recente, ele é impróprio.
Quase todas as cinco coletas que dão o veredito de cada ponto têm intervalo de uma semana entre si. No início de fevereiro, isso caiu pela metade em 87 locais, que passaram a ter duas análises semanais, o que será mantido até 31 de março. Eles envolvem praias de Balneário Camboriú, Balneário Piçarras, Bombinhas, Florianópolis, Itajaí, Itapema, Navegantes, Penha e Porto Belo, de maior apelo turístico.
A mudança não interfere na resolução do Conama, já que ela prevê um intervalo mínimo de 24 horas entre cada amostra, o que seguirá sendo atendido com esta nova frequência adotada.
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Até então, quando um ponto apresentava duas coletas ruins seguidas, ele só poderia vir a ser considerado próprio em, no mínimo, quatro semanas, desde que, claro, tivesse uma amostra boa, com menos de 800 Escherichia coli por 100 mililitros, em cada uma delas.
Com a frequência dobrada em parte dos locais analisados, o período mínimo para que um ponto consiga se tornar próprio passa a ser de duas semanas, e não mais quatro, desde que, novamente, consiga emendar quatro coletas com menos de 800 Escherichia coli por 100 mililitros cada neste intervalo.
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