A presidente da Mocidade Alegre, terceira escola de samba do grupo especial a entrar hoje no sambódromo de São Paulo, fez mistério sobre o desfile da atual campeã do carnaval paulistano.

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– Vamos ver. As coisas aparecem na avenida – respondeu Solange Bichara, ao ser questionada sobre as surpresas reservadas pela escola.

A Mocidade vai trazer a história e o simbolismo do espelho, no enredo “Da criação do universo ao sonho eterno do Criador… Eu sou espelho e me espelho em quem me criou”, e homenagear o fundador Juarez da Cruz, que morreu ano passado. Solange disse estar nervosa, mas confiante com o trabalho desse ano.

– Vai dar tudo certo. Torço por todas as escolas, porque o trabalho do sambista é muito árduo – afirmou ela, na concentração do sambódromo.

A escola conta com 3,5 mil integrantes divididos em 25 alas e cinco alegorias. A comissão de frente promete impressionar o público, com trajes em tons de lilás e prata e muita luz. O destaque da comissão, Robério Deodoro, vai carregar a fantasia “A Luz do Criador”, com 450 pontos de LED coloridos e um costeiro de 15 quilos.

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– Rezei muito para não chover. E deu certo – comemorou.

A rainha mirim da bateria, Marília Silva, a Naninha, 13 anos, contou que esse ano conta com a companhia de Nani Moreira à frente da bateria.

– Vai ser tão bom quanto no ano passado – disse. Em 2009, Nani havia acabado de ter um bebê e desfilou no último carro da escola, de vestido longo.

Fundador

No ano passado, durante a apuração dos votos que deu mais um título à Mocidade, em uma disputa apertada com a Vai-Vai, Juarez passou mal e foi internado. Sofreu uma parada cardíaca durante a madrugada e não resistiu. Curiosamente, a morte de Cruz ocorreu justamente no ano em que a escola escolheu como enredo o coração.