Cerca de 1,55 milhão de pessoas participaram de eventos de Carnaval em Florianópolis, segundo a prefeitura da Capital. O número considera todos os eventos da folia, o que inclui os cerca de 80 blocos de rua espalhados pela cidade, a arena montada no Centro e os desfiles na Passarela Nego Quirido.

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Apenas no complexo das escolas de samba, estiveram 50 mil pessoas, conforme divulgou a prefeitura de Florianópolis, sob gestão Topázio Neto (PSD), em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (22).

Com grande público e sem graves ocorrências de violência, o Carnaval deste ano é considerado um sucesso pelo secretário municipal de Turismo, Cultura e Esporte de Santa Catarina, Ed Pereira. 

— O melhor Carnaval da história de Florianópolis foi esse ano —  celebra o secretário.

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Ele avalia que a prefeitura conseguiu atingir as metas de ter festas seguras e limpas. Um dos exemplos foi uma ação inédita que recolheu 3,2 toneladas de lixo reciclável do Centro da cidade após o Berbigão do Boca, evento de abertura do Carnaval.

Ao todo, foram recolhidas 200 toneladas de lixo nos quatro dias de Carnaval, 40 a mais do que havia sido registrado na folia de 2020, antes da pandemia.

Com a “receita do bolo montada”, diz o secretário, o desafio para o próximo ano é envelopar melhor a proposta de um Carnaval de rua ainda mais forte. Ed avalia que Florianópolis tem os requisitos necessários para receber um público de igual forma às festas do Rio de Janeiro e Salvador.

— Floripa pode ter esse turista que busca por bloquinhos para passar o Carnaval — completa Ed. 

A visão do secretário também é corroborada por algumas das figuras por trás dos blocos. Leonardo Garofalis, um dos organizadores do Berbigão do Boca, se disse “satisfeitíssimo” com a estrutura deste ano e com o comparecimento do público. Na visão dele, o bloco neste ano superou o de 2020, última celebração antes da pandemia.

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Ele deu nota 10 para a segurança e a estrutura montada em parceria com a prefeitura para abrigar foliões em caso de chuva. Este ano, além dos tradicionais bonecos, o Berbigão também incorporou outros elementos culturais de Florianópolis como o “bloco místico”, que desfilou em conjunto com os músicos. 

— A festa [Berbigão do Boca] hoje é uma festa da cultura popular da Ilha — comenta. 

A segurança também foi um ponto destacado por Pedro Garcia, do bloco Onodi, José Roberto Jacques, do SOS Enterro da Tristeza, e Rose Nogueira, da produtora de eventos Gandaia Cultural e que organizou quatro bloquinhos na cidade. 

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— As pessoas estavam sedentas por Carnaval e vieram de outros lugares e estados para curtir uma festa segura — comenta Rose. 

Diferente de outras edições, os blocos contaram com revista e, em sua maioria, segurança particular. Na fiscalização, a polícia também atuou de forma ostensiva.

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O que deve se manter para o ano que vem é o “toque de recolher” imposto para marcar o fim das festas. O sistema foi defendido pela Polícia Militar e também pelo secretário Ed Pereira, mas gerou polêmica nas redes sociais. 

O que defende a prefeitura é que ter um horário para o fim da festa possibilitou a limpeza das ruas e teve como consequência o baixo índice de ocorrências violentas. 

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