Em um Carnaval considerado histórico após dois anos de pausa por conta da pandemia, Florianópolis arrastou multidões para todos os dias de festa em 2023. Marcada pela alegria dos foliões, a Capital também registrou, neste ano, uma onda de furto e de ação do crime organizado durante os 11 dias de folia — o que para a rainha do Carnaval, Kamilly Silva de Oliveira, é considerado um ponto negativo.
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— Temos tudo para estar entre os melhores carnavais do Brasil, acredito que estamos, mas falta as pessoas, além dos amantes do carnaval, entenderem que não é folia de fato, é uma festa cultural que transforma a vida de muita gente. Neste ano, por exemplo, tivemos aumento dos furtos e do crime organizado na região do Centro — diz.
Já no pré-Carnaval, festas que antecedem o evento oficial, a Capital havia registrado crescimento no número de roubos de celulares e carteiras na região Central. Mesmo assim, a situação não foi motivo de desistência para os foliões e amantes do evento.
Kamilly faz parte da festa desde os três anos, quando foi sambista mirim da escola Copa Lord. Nascida e criada no Morro do Céu, região central da cidade, a agora rainha do Carnaval carrega no sangue o amor pela festa.
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— Todas as matriarcas da minha família participam do Carnaval, desde a minha bisavó. Agora receber esse prêmio é uma emoção muito grande. Sinto o samba em mim — diz.
Mesmo componente de uma escola, a manezinha destaca que, como parte da Corte, a representação se estende para todos o florianopolitanos que acompanham a festa.
Superação
Para ela, a pandemia, apesar de estar apaziguada, ainda não acabou. Mas a situação atual, porém, traz tranquilidade de viver o “normal” de novo. O Carnaval, segundo Kamilly, foi a prova disso, trouxe a garra de fazer o espetáculo, mesmo em meio à perdas de importantes carnavalescos.
— Muitas pessoas que participavam do Carnaval se foram por conta da Covid, então as escolas tiveram que se adaptar e se reinventar mesmo com a tristeza, e todas deram o seu melhor na Avenida. Foi uma disputa acirrada, com pontos de erros e acertos, mas que conseguiram surpreender e se superar em todos os quesitos — afirma.
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Para 2024, a rainha do Carnaval espera uma festa valorizada aos olhares da sociedade.
— Agora nós já religamos as máquinas, eu espero que o Carnaval de Florianópolis seja a potência que deve ser, gostaria que a festa fosse valorizada por todas as pessoas, que vejam como realmente é: uma potencia de emprego, de projetos sociais e que transforma a vida de muitas pessoas — finaliza.
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