Carmela Dutra suspende parte das atividades por falta de profissionais

Pouco mais de uma semana após ter sido alvo de reclamações por causa da situação crítica de higiene dos banheiros e uma possível falta de medicamentos, a Maternidade Carmela Dutra, na Capital, anunciou a suspensão de alguns serviços por tempo indeterminado devido à falta de profissionais de enfermagem, que serão remanejados para outros setores emergenciais. Com isto, tratamentos de pacientes com câncer e as cirurgias eletivas serão interrompidas.

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De acordo com uma funcionária, que não quis ter o nome divulgado, será fechada uma ala cirúrgica com 10 leitos, mais 12 leitos de oncologia clínica e cirúrgica e outra parte com mais 10 leitos para internação geral.

As medidas começaram a ser tomadas desde a última segunda-feira, 21.

O Sindicato dos Trabalhadores da Saúde já está tomando providências sobre o caso.

– Na semana passada já foi protocolada a denúncia no Ministério Público sobre o fechamento por se tratarem de pacientes oncológicos que necessitam de cirurgia imediata – diz a presidente do SindSaúde, Edileuza Garcia Fortuna.

O Sindicato também solicitou à Secretaria de Saúde a contratação de servidores.

O diretor da maternidade, o médico Ricardo Maia, explica que o que houve foi um remanejamento de profissionais para as áreas prioritárias do hospital, como salas de parto e emergência, para tentar minimizar os problemas causados pelo déficit de pessoal.

A maternidade já solicitou ao Governo do Estado o envio de 40 funcionários para suprir a demanda da unidade. A resposta foi de que serão chamados os aprovados em concurso e, em 30 dias, podem começar a atuar.

– Até lá, a gente precisa manter o funcionamento. Por isso tivemos que remanejar funcionários de alguns setores. Serão suspensas as cirurgias eletivas e os tratamentos de oncologia clínica, que voltam para o Cepon. Hoje nós somos um braço do Cepon. Quando conseguirmos, vamos abrir para as cirurgias eletivas gradativamente – explica o diretor, que salienta que os pacientes estão sendo informados.

Ricardo afirma que as medidas foram tomadas para que a direção não precisasse diminuir o número de partos. Em média, 400 bebês nascem por mês na Carmela Dutra.