Hernán Cortez sabia que Montezuma era considerado um verdadeiro deus para os astecas. E que tinha uma guarda pessoal de três mil homens, sempre dispostos a morrer por ele.

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Quando desembarcou na praia de Vera Cruz, em 1524, Montezuma já o esperava, também, como a um deus. Especialmente pelas naus, pelas armaduras, pelas armas e pelos cavalos, confundidos com centauros. Sabendo que teria de enfrentar Montezuma e sua fantástica guarda pessoal, a fim de evitar fugas de seus soldados, mandou queimar as naus e disse o seguinte a título de esclarecimento e encorajamento e de saque:

¿Soldados de Espanha: Antes de tudo, há que se lutar! As caravelas, mandei-as queimar e afundar, para não terdes, vós outros, qualquer veleidade de voltar. Há que lutar, então com as armas que tendes à mão. E se vô-las inutilizarem em violento combate, então, há que se brigar a socos e pontapés. E se vos quebrarem os braços e as pernas, não olvideis os dentes. E se havendo feito isto, e a morte chegar, mesmo assim não tereis dado a última medida de vossa devoção, não! É preciso que o mau cheiro de vossos cadáveres empeste o ar e torne impossível a respiração dos inimigos da Espanha. Adelante, por Diós e por Santiago!¿

¿Haverá ouro e mulheres formosas para todos!¿ (“Deuses Túmulos e Sábios”C.W. Ceram).

Ao seu capitão-tenente, confidenciou: ¿Enquanto se divertem com a pilhagem do tesouro de Montezuma, vamos nos apropriar do refresco que os torna tão cheios de vitalidade, porque, logo, lhe aplicaremos um adoçante que os lusos estão cultivando na terra descoberta por Cabral e denominam açúcar, segundo me disse Juan Díaz de Solís, e lhe daremos o nome de chocolate. Ficaremos ricos para todo o sempre.¿

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Tinha razão! Foi o prêmio que conquistou o mundo e fez ricos os seus produtores – desde o Godiva Belga até o nosso Nugali, ali de Pomerode. Daí o significativo nome popular de dinheiro: cacau! E que tenha uma feliz Páscoa!