Uma tarde, o saudoso amigo, colega e compadre Luiz Henrique da Silveira me convidou para jantar na sua residência nova, no morro do Boa Vista. “A troco de quê?”; “Quero te apresentar o João Prestes, filho do Luis Carlos (que eu admirava até ler o livro O Código da Vida, do meu duplamente colega Dr. Saulo Ramos, no qual narra a pusilânime fuga do Cavaleiro da Esperança em 1964). Ao aperitivo, apresentou o Prestes e sua esposa. E tive a primeira notícia de que o incansável político catarinense queria trazer para Joinville a Escola do Teatro Bolshoi.
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Acostumado àqueles sonhos do meu anfitrião, aplaudi a ideia. E me tornei fundador da escola, assinando a ata respectiva, à qual, segundo o seu presidente, Dr. Valdir Steglich, estou umbilicalmente ligado. Daí por que me me esforço com Marcia para não perder qualquer apresentação dos seus alunos, como já o fazia quando residente em São Chico, nestes dezesseis anos. Agora, já com a neta Alice Maffezzolli Piazera.
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Por isso, comparecemos ao Teatro Juarez Machado para o encerramento deste ano, assistindo a clássicos como “O Lago dos Cisnes”, apresentado por bailarinos femininos e masculinos em duas versões: populares e brasileiros, como “Samba” e “Jurei por Amor um Dia te Encontrar”, por todo os alunos deste ano. Os calorosos aplausos mostraram que a culta plateia amou o espetáculo, referendando a importância da boa educação, que tem sido a marca primeira da escola, obtida pela excelência de mestres como Galina, Pavel e Dimitry e funcionários como Margit, Marlete, Marivete, Arthur Brandt, Medely Meister, Bernadet, Germana, Janciéli…
Impossível publicar todos os nomes dos que fazem a insuperável grande beleza da única escola do Bolshoi fora da Rússia dos czares e de Putin. De Gogol, de Dostoievsky, de Tolstói, de Anton Tchekhov, de Máximo Gorki e de Pushkin. De Tchaikovsky e Rimsk Korsakov, na aplicação de uma metodologia de ensino que deveria ser adotada pelas escolas públicas e particulares de todo o Brasil. Porque retira dos caminhos da delinquência jovens habitualmente já condenados a ela. Mas o que não desobriga de erguer a sede própria do Projeto Niemeyer em homenagem a Luiz Henrique.
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