Dr. Euro Bento Maciel, advogado e jurista de São Paulo, tem uma rica história de vida. Nascido em Laranjal Paulista, descendente de portugueses, logo se revelou um curioso por cultura. Vencidas as etapas primária e complementar, interessou-se pela contabilidade e estudou por correspondência. Munido do diploma, resolveu enfrentar a capital e avançar nos estudos. Agora: direito. Formado em advocacia. Mas uma advocacia da mais famosa faculdade do País. Onde, desde o vestibular, notabilizou-se pelo amor às matérias, pelo bom senso na solução dos problemas jurídicos, na participação da política da OAB. Tornou-se um ícone da advocacia paulista e, logo, da nacional, ocupando todos os cargos da diretoria, salvo da presidência, que deixou para um colega de igual postura em favor da nobre categoria.

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Precisei de um colega em São Paulo para dar assistência a uma cliente acidentada na serra da Ribeira. Ele, então tesoureiro da OAB-SP, prontificou-se e atendeu com tal presteza que da cliente sobraram para ele elogios e duas amizades, a da família da acidentada e a minha. Um dia, resolvi que nos deveríamos conhecer pessoalmente. Mandei-lhe uma foto em carta, avisando-o de que iria a São Paulo conhecê-lo. Fomos, Stelinha e eu.

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Euro adquiriu um sítio em Porto Feliz, quase às margens do Tietê. Era o chamamento à terra da infância e da adolescência, fazendo-o deixar de lado os costumes da capital e enfronhar-se no cultivo de frutas de n espécies, das árvores frondosas, enfim, uma miniatura de paraíso. Uma represa faz girar a roda-d’água para produzir um som mavioso, atrás de uma capelinha, onde Francisco rezaria com prazer a Santa Missa de Páscoa.

Foi lá que passamos a Semana Santa, com filhas, genros e netos, e saboreando pratos sofisticados, assados em churrasqueira e forno a lenha. Foi lá que os netos procuraram os coelhinhos e ovos. E jogamos snooker em mesa inglesa e bocha em cancha italiana. Foi lá que viajamos pelo túnel do tempo, retrocedendo à liberdade de andar descalço, saborear frutas no pé ou em doces da vovó. De jaca, até! De beber água de poços em moringas de barro. Comer churrascos temperados em gamelas de madeira de lei franchadas a enxós. Saborear pizzas assadas em forno a lenha. Fazer a sesta ao som de música sertaneja, respirar o ar puro de n árvores, tomar refresco de fruta dos pés. Recolher-se à capelinha e conversar com Deus.

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