O dr. Ezequiel, advogado, é, hoje, diretor de informática do egrégio Tribunal de Justiça de Rio Negro, em Viedma, na Patagônia argentina, e sempre visitava o balneário de Ubatuba. À vista das fotos desta praia, a quem pergunta se houve um tsunami, que arrancou todas as árvores, matou ou espantou todas aves marítimas e terrestres (gaivotas, corujas e quero-queros), destruindo-lhes os ninhos e os filhotes e enterrou os espia-moças… responde: “Parece”, diz pelo WhatsApp. O que houve na Patagônia, há séculos, como observou Darwin nas suas pesquisas, criando barrancas, onde se criam os louros-barranqueiros ensurdecedores, e a planície, onde vivem as últimas espécies de avestruzes em evolução; coelhos que andam, não saltitam; rochedos onde apanham sol os lobos e leões-marinhos e nadam tartarugas gigantes. Nenhuma praia para banhos ou pesca com linha e molinetes. Foi-se a sua vontade de fazer mais de mil quilômetros até Ubatuba.
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Outra impressão foi a do serrano Zé do Olímpio, criador, comprador e vendedor de gado que pensou estivesse sendo construído um mangueirão para hibernar gado até com brete para descerem e subirem as cabeças antes do matadouro, passeando pela areia e pela mata rala e seca. As impressões se sucedem, cada qual mais diferente das outras. Até a decepção: é para simplesmente proteger a restinga que existe ali há milhares de anos sem fazer mal a ninguém, sejam proprietários, moradores ou simplesmente turistas em férias por uma esdrúxula decisão do Ibama em tempos de lulopetismo. Com a inércia e a inépcia do poder municipal, indiferente à injustiça ecológica cometida por defensores constitucionais dos direitos difusos da população.
Como amostra de uma possível ditadura da categoria, indiferente à interpretação da nossa Suprema Corte a seu respeito com o voto vencedor do ministro Eros Grau em alerta às obrigações das administrações municipais, do Ministério Público e da OAB. Contra as decisões esdrúxulas em situações consolidadas, irrecorridas tempestivamente. Ou capciosamente! Se não, teria havido o foguetório tradicional sem medo às hostilidades pelo flagelo ecológico!
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