No dia 22 de maio, um domingo, calculo que trezentas crianças – entre elas, nossa neta Stela Schiochett Virmond Vieira – tomaram a primeira comunhão, em uma missa muito especial na Catedral do Bispado de Joinville, toda engalanada para esta cerimônia de muita fé, sob o olhar do monsenhor Bertino, o Oleiro do Senhor, feliz com mais este sucesso pastoral. Para dar uma ideia de que se tratava de jovens da geração Y, um drone sobrevoou-as, fotografando o desfile dos neocomungantes à santa eucaristia.

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Após as fotos e os cumprimentos aos pais e avós, a maioria das famílias se dirigiu ao Joinville Tênis Clube para um ágape que durou até o fim da tarde, numa confraternização entre as mesmas famílias, num reencontro que lembrou vários outros do mesmo estilo nos anos imediatamente anteriores a 2001. E tornou este um sarau da saudade

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Este relacionamento familiar era muito comum nesses anos. Emocionado, vi repetir-se uma outra tradição: famílias inteiras no Tênis, almoçando, tomando o saboroso café da tarde com doces, igualmente tradicionais e de sabor inigualável.

Como tive quatro filhos, participamos, minha esposa e eu – mãe deles – dessas festas religiosas. Que mobilizavam praticamente toda a cidade, pois eram, ao mesmo tempo, dos católicos e dos luteranos, umas quinhentas crianças, e que, pela quantidade, criavam uma situação inusitada no Asilo Abdon Batista: as asiladas recebiam tantas sobras das festas que, de um momento em diante, se mostravam enjoadas daquela iguarias raras no seu cardápio diário. Os encontros familiares me levaram a classificar a Joinville de então como colonial, familiar, tradicionalista, tranquila e laboriosa. Sem erro! Repetiu-se no Tênis domingo.

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Daí a emoção deste costume ressuscitado por força da primeira comunhão de tantas crianças. Pessoas que eram vizinhas de casa, quando ainda não havia espigões e se falavam e visitavam amiúde, reencontravam-se neste domingo após dez, quinze, vinte anos. Adolescentes daquela época, agora pais, apresentavam esposas(os) e descendentes em uma alegria incontida. E relembravam fatos, pessoas, acontecimentos. Avós de neocomungantes, como Marcia e eu, não escondiam as lágrimas.