Enéas Athanázio, a quem firo a modéstia com esta, há mais de 51 anos me procurou para ser orientado em leituras e literatura. Uma honra de que não abro mão, pois é mais de meio século de uma amizade absolutamente sem suspeita. De inteligência para inteligência! De amor à realização cultural com prêmios e outros reconhecimentos (cidadanias honorárias, ponte do Charlot, fundação e presidência de academias de letras, palestras públicas e em cenáculos literários, lançamento de obras esgotadas e reeditadas).

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Àquela época, eu recém-ingressara na Faculdade de Direito e ele se preparava para fazer o mesmo, ganhando amparo para as carreiras brilhantes de advogado e promotor público. Sem abandonar a literatura (ou até aproveitando-se delas, como o fizera Balzac), com a edição de livros de ensaios, de crônicas, de contos regionais, nos quais se tornou herdeiro de Tito Carvalho, o nosso maior regionalista catarineta. Nunca se negando a fazer o que vai fazer neste dia 23, às 19h30, na Academia Joinvilense de Letras, a Phoenix das Academias, ressuscitada pelo dr. Paulo Roberto da Silva e por mim (com perdão à falta de modéstia) e, hoje, graças ao Dr. Álvaro Cauduro, sediada no terceiro piso do palácio municipal da cultura de Joinville, a quase bicentenária Sociedade Harmonia-Lyra, na rua 15.

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Com entrada franca, uma das suas aplaudidas palestras, possivelmente, sobre fatos históricos do nosso Estado com viés literário, na Sala Mozart, ex-Salão Azul, onde se acha o quadro, restaurado, de Shakespeare e o Pavão, obra de arte dos tempos da Colônia Dona Francisca, que também vale a pena conhecer e admirar no ano em que ela, a Colônia, completa cento e sessenta e seis anos de desenvolvimento dos sempre festejados ramos da cultura da Terra dos Príncipes: o empresarial e o intelectual, frutos das mesmas raízes dos bravos colonizadores. Estes foram muito bem homenageados pelo hino criado por Cláudio Alvim Barbosa, o Zininho, e adotado por Joinville graças ao empenho do radialista, nunca demais lembrado, Ramiro Gregório da Silva.

Entschuldigen Sie den (queira perdoar-me)… Von Karl Konstantin Knüppel, Observador às Margens do Rio Mathias.

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