Não teve acordo: o prefeito Carlito Merss (PT) vai exonerar, até 31 de dezembro, 348 dos 654 comissionados que hoje estão lotados na Prefeitura de Joinville. Os outros 306 serão mantidos nos respectivos cargos, e a tarefa de exonerá-los ou não vai ficar nas mãos do futuro prefeito Udo Döhler (PMDB).
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Na lista daqueles que vão ficar estão 234 servidores de carreira que hoje ocupam cargos de confiança e outros 69 “comissionados puros”, profissionais que não são concursados e estão lotados na administração municipal devido a indicação política.
A decisão foi anunciada quarta-feira, depois de conversa entre os chefes de gabinete dos dois governos. Udo Döhler disse que queria a estrutura limpa, mas Carlito Merss defende que manterá parte dos profissionais para que áreas estratégicas e de atendimento à população não sejam prejudicadas durante o recesso e os primeiros dias do novo governo.
Segundo ofício entregue ao governo Udo quarta-feira, a gestão Carlito afirma que permanecerão em atividade até janeiro os comissionados em funções “estratégicas, continuadas e imprescindíveis” na Saúde, Fazenda, Assistência Social, Educação, gestão de contratos, tecnologia da informação (TI) e Defesa Civil. Três servidoras em licença-maternidade também entram na conta dos que permanecem até janeiro.
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A equipe de transição de Udo informou que respeita a decisão, mas que deve exonerar os comissionados deixados por Carlito logo no início do governo.
O chefe de gabinete, Eduardo Dalbosco, diz que a equipe do governo Carlito continuará à disposição para ajudar, mesmo após Udo tomar posse em janeiro.
– A decisão de manter comissionados é administrativa e não política. A intenção é evitar um apagão gerencial na troca de governos -, afirma.
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