O coreógrafo e dançarino Carlinhos de Jesus apareceu nas redes sociais para explicar aos seguidores sobre o verdadeiro diagnóstico que o deixou com a perna direita paralisada e precisando usar cadeira de rodas. O vídeo foi publicado nesta terça-feira (16).

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Em um leito de hospital, Carlinhos de Jesus aparece explicando que a bursite trocantérica bilateral e a tendinite nos glúteos não foram as duas condições que o levaram a ficar sem andar. Segundo Carlinhos, este foi o diagnóstico inicial apenas.

O jurado do Dança dos Famosos descobriu uma doença autoimune, chamada neuro radiculopatia desmielinizante crônica. Carlinhos conta no vídeo que essa doença foi descoberta em 2022, e que desde então vem fazendo o tratamento. Ele ainda conta qual era o tratamento que o fez ficar hospitalizado.

‘Eu já estou fazendo tratamento, inclusive hoje estou aqui no hospital fazendo uma infusão de imunoglobulina humana que faz parte do tratamento. [São] Oito meses de aplicação, muita fisioterapia, hidroterapia, acupuntura, remédios, paciência e a oração de todos vocês. É isso, um grande abraço, muito obrigado. Em breve estarei fora da cadeira de rodas com certeza“, explica.

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O diagnóstico que Juliana Paes recebeu depois de fazer a Maria da Paz em 2019

O que é neuro radiculopatia desmielinizante crônica, doença autoimune de Carlinhos de Jesus

A neuro radiculopatia desmielinizante crônica, também conhecida como polineuropatia inflamatória desmielinizante crônica (CIDP), é uma doença autoimune que provoca inflamação e desmielinização dos nervos periféricos e das raízes nervosas.

Desmielinização tem esse nome difícil, mas trata-se do processo em que há perda da bainha de mielina, que é a camada protetora que envolve os nervos. O resultado disso é o comprometimento da transmissão dos impulsos nervosos.

E como são os sintomas?

E o que a pessoa sente? Os sintomas mais comuns são a fraqueza muscular progressiva, especialmente nas pernas e mãos, formigamento, dormência, sensação de queimação, perda de sensibilidade, incoordenação motora, redução ou ausência dos reflexos tendinosos e dificuldade para andar.

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A fraqueza afeta tanto músculos proximais quanto distais, e os sintomas evoluem lentamente, geralmente por mais de oito semanas. Pode ainda haver dor neuropática e, em casos mais graves, comprometimento da musculatura respiratória.

Diagnóstico e Tratamento

O diagnóstico é feito por exames como eletroneuromiografia, estudos de condução nervosa e análise do líquido cefalorraquidiano obtido por punção lombar. O tratamento envolve o uso de imunoterapia, como corticosteroides, imunoglobulinas endovenosas (IVIG) e plasmaférese, além de fisioterapia para reabilitação muscular.

Essa condição é uma neuropatia crônica autoimune que pode causar deficiência significativa se não tratada, mas com intervenção adequada há possibilidade de controle dos sintomas e melhora da qualidade de vida.

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Caso Carlinhos de Jesus: como é a recuperação da bursite trocantérica bilateral

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