Com mais de 15 mil torcedores, a maior torcida catarinense não tem torcedores só em Santa Catarina. Paulo Estrela, de 33 anos, nasceu e cresceu no Rio de Janeiro, mas desde 1995 escolheu torcer pelo Criciúma. A paixão faz com que o carioca invista no Tigre, não apenas com camisas e artigos do time, como todo torcedor, mas também com viagens até o sul do Brasil para ver de pertinho seu time do coração.

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– Na infância disputando campeonato de futebol de botão com o pessoal do bairro, eu escolhi o Criciúma para a disputa e fui criando um carinho. Em 1995 decidi que ia torcer para o Criciúma e estou torcendo até hoje. Minha mãe tentou me fazer torcer para o Flamengo, mas depois você começa a raciocinar: “por que eu estou torcendo para esse time?”, e quando eu pude escolher, escolhi o Criciúma. No Rio o pessoal tira sarro, mas eu nem ligo – conta ele.

Desde 2010, ano em que Estrela esteve em Criciúma pela primeira vez, ele já perdeu as contas de quantas vezes já presenciou jogos do time. Só no ano passado foram quatro partidas. Este ano ele adiou as férias só para poder estar no Heriberto Hülse para as finais do Catarinense. Formado em Cinema, Estrela levou sua paixão para o âmbito profissional e produziu um curta-metragem com uma história muito parecida com a sua: sobre um torcedor do Tigre no Rio de Janeiro.

– Eu fiz um curta-metragem chamado “Vamos, meu Tigre!” lá no Rio, que fala sobre a final de um Campeonato Catarinense entre o Criciúma e o Avaí. Na história um torcedor do Criciúma acompanha o jogo pela rádio. No final ele encontra um torcedor do Avaí na praia de Copacabana. Difícil foi encontrar uma camisa do Avaí no Rio, mas eu consegui! – explica ele.

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A produção de Estrela sobre o Criciúma continua. Desta vez, ele vai fazer um documentário focado na torcida, acompanhando a viagem para a final deste domingo, em Chapecó.

– Vou pegar a saída do ônibus aqui, essa preparação toda, o pessoal na procura para poder ir pra lá. Vou filmar o que acontecer na viagem, o que acontecer no jogo e, se levar o título, a festa até chegar aqui – aponta.

Paulo Estrela acompanha o Criciúma até Chapecó, onde o time enfrenta a Chapecoense pela final do Campeonato Catarinense na Arena Condá, domingo, às 16h. Com a vantagem de 2 a 0 na primeira disputa, o Criciúma leva o título mesmo que perca o jogo por uma diferença de um gol. Em caso de vitória da Chape também por 2 a 0, a decisão vai para os pênaltis.

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