Seriado que foi produzido em duas épocas distintas – de 1979 a 1981, e de 2003 a 2008 -, Carga Pesada integra a nova temporada do Luz, Câmera, 50 Anos, sessão criada para celebrar o cinquentenário da Globo, com a exibição de produções do acervo editadas em formato de telefilmes. Nesta terça e quinta-feira, após os seriados Tapas & Beijos e Chapa Quente, respectivamente, será exibido um compacto do conjunto de episódios especiais de 2003, A Grande Viagem, quando o enredo foi retomado.

Continua depois da publicidade

Na trama, Bino (Stênio Garcia) ressurge como um pequeno empresário que enfrenta a possibilidade de um câncer. Enquanto aguarda o resultado da biópsia, decide voltar para a estrada e procura seu melhor amigo, Pedro (Antônio Fagundes), para fazer uma grande viagem pelo país. No caminho, Pedro conhece Rosa (Patrícia Pillar).

Malhação: duas décadas de sucesso

Amor e morte são temas de nova série da RBS TV

Leia as últimas notícias de televisão

Continua depois da publicidade

Fagundes lembra que, quando a série foi retomada, não era um remake:

– É como se a câmera tivesse se afastado daqueles dois, voltado 25 anos depois e encontrado ambos mais velhos.

Para ele, o seriado ainda deveria estar na grade de programação:

O Carga Pesada não deveria ter saído do ar. Eu e o Stênio com certeza faríamos o seriado por quanto tempo mais quisessem.

O ator conta que ainda é reconhecido nas ruas pelo personagem:

– O fim do seriado foi uma escolha de grade da TV Globo, de renovar a programação. Nem teria por que acabar, inclusive porque o ibope era muito alto. Até hoje, a gente é reconhecido na rua pelo Carga Pesada. Toda vez que passa no canal Viva, tem um público cativo e muita gente cresceu vendo o seriado.

Stênio Garcia recorda que a série trouxe à tona os problemas enfrentados pelos motoristas de caminhão:

Continua depois da publicidade

– Nós éramos de muita utilidade para os caminhoneiros porque apontávamos todos os problemas que eles enfrentavam na estrada.

Se tivessem que retomar a série hoje, Fagundes pensa que os temas seriam os mesmos:

– Acredito que o Brasil não se renova nesse sentido, os problemas são sempre os mesmos, sempre adiados e nunca resolvidos. A gente voltaria a falar de estradas esburacadas, prostituição infantil, violência, tráfico de drogas, os problemas estão todos lá ainda.

CURIOSIDADES

– A partir de uma pesquisa feita com caminhoneiros de todo o Brasil, o diretor musical Guto Graça Mello selecionou 11 canções para a trilha sonora da primeira versão. Já a música Frete, composta por Renato Teixeira especialmente para a série, fez parte das duas versões como tema de abertura. Na segunda, chegou a ser regravada por Chitãozinho e Xoxoró.

– Uma das mais marcantes frases do seriado “É uma cilada, Bino”, pronunciada por Pedro em alguns episódios, viralizou na internet, sendo usada em diversas circunstâncias.

Continua depois da publicidade

– Na primeira versão, Antônio Fagundes e Stênio Garcia viveram o cotidiano dos caminhoneiros durante as gravações, almoçando e bebendo nos mesmos bares que eles e dirigindo de verdade caminhões.

* com informações de Estadão Conteúdo