A margem do Rio Itajaí-Açu, que deveria ser ocupada apenas por plantas e animais silvestres, esconde a carcaça de um carro . O veículo está nos fundos de um estabelecimento comercial, próximo à rodoviária de Blumenau, na Rua 2 de Setembro. A Fundação Municipal do Meio Ambiente (Faema) e a Polícia Civil ficaram sabendo do caso terça-feira pelo Santa.

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Não é possível ver a carcaça da rua, somente navegando pelas águas do rio dá para avistá-la. Foi assim que o repórter fotográfico Jandyr Nascimento a encontrou, segunda-feira, quando percorria o Itajaí-Açu para outra reportagem. Parte do que sobrou do carro está coberta pela areia. Do que está visível, percebe-se que placa, rodas e sinaleiras foram retiradas.

Presidente da Faema, Jean Carlos Naumann diz que é a primeira vez que toma conhecimento de um carro estar abandonado às margens do rio, em uma área considerada de preservação. Diz que a responsabilidade pela retirada dele do local não é da fundação porque não há equipamentos.

– Quando recebemos denúncia de alguém depositando material em área de preservação é melhor se o denunciante traz a identificação do infrator. Assim, instaura-se um processo administrativo e a pessoa pode ser obrigada a retirar o que jogou e a recuperar a área degradada – explica Naumann.

Delegado regional de Blumenau, Rodrigo Marchetti conta que a última vez que soube de um carro às margens do rio foi em 2008, durante a tragédia climática. Ele observa, porém, que existe a possibilidade de ser um veículo furtado:

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– Existem casos em que o carro é furtado, depenado e depois abandonado em um lugar qualquer.

O delegado se comprometeu a enviar uma equipe ao local para verificar se há alguma forma de identificar o veículo, o proprietário e se há registro de furto.