Milhares de migrantes centro-americanos seguiam firmes, nesta quarta-feira (14), em sua caminhada rumo à fronteira noroeste do México, enquanto grupos que se separaram da caravana começaram a chegar a Tijuana, contígua à cidade americana de San Diego.
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Um grupo de cerca de 350 migrantes chegou ontem a Tijuana.
“Queremos chegar o quanto antes (aos EUA), o mais rápido possível, temos mais de um mês fora do nosso país”, disse à AFP Saúl Rivera, um salvadorenho de 40 anos.
Ontem, os Estados Unidos fecharam parcialmente, com barricadas e com arame farpado, as guaritas fronteiriças de San Ysidro e de Otay Mesa, que levam à Califórnia.
Em 9 de novembro, o presidente Donald Trump decretou o fim dos pedidos de asilo para aqueles que entrarem ilegalmente nos Estados Unidos, em uma tentativa de dissuadir os centro-americanos que buscam seu sonho americano para escapar da pobreza e da violência de seus países.
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Ainda assim, Trump classificou os migrantes de “criminosos” que pretendem invadir o território americano.
Victor de Leon, um migrante guatemalteco, disse que “99% é gente de bem, e estamos esperando fazer as coisas em paz, que Donald Trump se dê conta da necessidade real que temos, que não é vir prejudicar. É vir encontrar uma oportunidade que (…) em nossos países foi negada”.
Do grosso da caravana, que saiu de Honduras em 13 de outubro e chegou a somar 7.000 integrantes segundo a ONU, muitos desistiram, e outros se separaram.
Além de hondurenhos, somaram-se ao grupo migrantes de Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, México, Nicarágua, Panamá, Peru e Venezuela.
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Essa caravana maior é seguida por outras duas, com cerca de 2.000 migrantes cada.
* AFP