Parecia que os casos de caramujos-africanos passariam despercebidos neste verão em Blumenau. Mas lá pelos lados da Itoupava Central eles resolveram dar as caras. E o pior é que vieram em grande quantidade. O relato de Carla Silva, moradora da Rua Rodolfo Rohweder, é de que no terreno ao lado da casa dela os caramujos tomaram conta e estão por todos os lados. Nesta semana ela e o marido, Gabriel Silva, recolheram cinco quilos em 20 minutos.

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– Já estamos cansados de tanto ter que recolher e nenhum órgão público se responsabilizar em nos ajudar- desabafou Carla.

Ontem eles recolheram 10 que estavam no terreno deles. Depois de recolher, os moradores colocam sal para matar os animais. Uma vizinha em frente também registrou casos de aparecimento da praga.

E agora?

A orientação do diretor de Vigilância Sanitária de Blumenau, Eduardo Weise, é para que os moradores não coloquem sal nos caramujos-africanos. Segundo ele, o produto apenas desidrata os animais, mas não mata. Weise garante que o correto é que os moradores recolham os caramujos e levem até as unidades de saúde, que mantêm tambores onde os bichos são depositados e depois recolhidos pela vigilância para incineração.

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Caso alguma morador queira se desfazer deles sem levar para a unidade, a orientação é queimar os caramujos em um pequeno latão. Weise diz que não há certeza se esses animais têm vermes, mas eles podem vir a transmitir doenças como a meningite. Por isso, todo cuidado é pouco. Ao entrar em contato com o caramujo use luvas ou qualquer outra proteção nas mãos.