A vizinhança mais exótica da Meia Praia, em Itapema, ganhou um lar para chamar de seu. A partir de segunda-feira, as capivaras que povoam o bairro serão oficialmente as donas do pedaço, em um terreno de 42 mil metros quadrados que ganhou status de reserva ambiental.
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O Parque das Capivaras fica em endereço nobre, num dos pontos mais cobiçados da cidade, próximo de edifícios e a poucos metros do mar. Mas, no lado de dentro, reina a tranquilidade da mata atlântica – algo que poderá ser visto e sentido de perto pelos visitantes. Além de um santuário para os maiores roedores do planeta, a reserva também servirá de espaço para conscientização e educação ambiental.
Na sexta-feira, trabalhadores cuidavam da instalação de placas indicativas, com dados sobre a fauna e flora local. Nos últimos dois meses, biólogos da Fundação Ambiental Área Costeira de Itapema (Faaci) catalogaram 60 espécies de pássaros, répteis como lagartos e cobras e três tipos de mamíferos vivendo na área do parque: além das capivaras, há registros da presença de graxains e mãos-peladas.
A reserva também é habitada por inúmeras espécies de plantas nativas, como araçás e bromélias, que de tempos em tempos recebem a visita das aves. Na trilha de um quilômetro, que foi implantada em uma área restrita da reserva e de acordo com indicações de especialistas, para não atrapalhar a vida na mata, o som se enche do canto dos sabiás e bem-te-vis.
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O trajeto leva ao Rio Perequê, onde a água ganha tons esverdeados. No lado oposto do rio, as capivaras escolhem a sombra entre as árvores para descansar, longe de olhares curiosos. Ao cair da tarde, nadam até a outra margem, onde se mostram sem vergonha alguma aos visitantes.
A responsabilidade pelo parque, que abre na segunda-feira, será da Faaci, em parceria com o Grupo Escoteiro Costa Esmeralda, que ganhou espaço para a construção de uma sede na reserva. A ideia é promover no local atividades educativas, de lazer e turismo, que levem à preservação do meio ambiente.
Reserva escapou de virar loteamento
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