A Capitania dos Portos de São Francisco do Sul determinou nesta terça-feira a paralisação preventiva da operação para a retirada do barco Vô João G do fundo do mar, na costa do Litoral Norte.

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A embarcação afundou há três meses em uma região que fica a 15 milhas – cerca de 24,4 quilômetros – da costa e está a pelo menos 20 metros de profundidade entre as ilhas de Araras e dos Tamboretes, dois pequenos arquipélagos que ficam na região de São Francisco do Sul e Balneário Barra do Sul.

A decisão de parar a operação foi tomada com base em uma denúncia anônima de que estaria havendo vazamento de óleo do barco.

Na segunda-feira, o barco Santa Catarina, que faz o suporte para o resgate do Vô João G, ancorou com barreiras de contenção em volta da área, mas não foi detectada nenhuma mancha de óleo. No dia 27 de novembro, a empresa Sulmar retirou 4,5 mil litros de óleo diesel do tanque do barco, no fundo do mar.

A operação deve ser retomada quando a Marinha receber todos os relatórios que mostram o que foi feito com o óleo e as imagens dos lacres que impedem o vazamento. Só depois de autorizada a continuação dos trabalhos é que a empresa vai retirar o barco do mar.

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Segundo Isac João Gonçalves, um dos sócios da empresa dona do barco Vô João G, o óleo retirado do barco foi dividido em três partes.

Cerca de 1,5 mil litros foram colocados em um tanque da embarcação de apoio. Outros 2 mil litros seguiram para uma empresa especializada em reciclagem e os mil restantes foram levados para a sede da empresa. Um relatório seria entregue na tarde desta terça-feira na Marinha.

O naufrágio

O acidente com o barco Vô João G é um dos maiores naufrágios da história recente da navegação do Estado: 17 pescadores ficaram à deriva na madrugada do dia 4 de setembro _ 12 conseguiram escapar da morte em um bote. Eles remaram durante a madrugada, em meio a um temporal, até a Praia Grande. Quatro morreram e um deles _ Carlos Alberto Souza _ nunca foi encontrado.

Segundo o armador Rainer Gonçalves, sócio da empresa J. Gonçalves e da embarcação, o plano de retirada com todos os procedimentos de segurança foi entregue na Marinha.

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