De acordo com o sargento e inspetor-chefe da Delegacia da Capitania dos Portos em Itajaí, Eduardo Mendes da Silva, a perícia preliminar na lancha que causou a morte do bombeiro militar Tharllys Jhones Lourenço em Bombinhas constatou que a embarcação não tinha protetor para a hélice:
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– Caso a embarcação tivesse a proteção e a mesma tivesse sido quebrada no acidente, ela teria deixado vestígios aparentes.
Tharllys Jhones Lourenço, 28 anos, era bombeiro militar em Itajaí e estava de folga nesta segunda-feira. A família dele tem concessão para trabalhar com banana boat na Praia de Mariscal e Tharllys sempre ajudava os pais quando não estava de serviço no batalhão dos bombeiros.
Tharllys estava no mar ajudando as pessoas a subirem no brinquedo quando, com o mar revolto, uma série de ondas fez com que a lancha avançasse sobre o banana boat. O bombeiro ajudou a retirar as pessoas do banana boat e a orientar para que elas saíssem do mar com segurança. Depois disso ele tentou desligar o motor da lancha, quando foi atingido pela hélice da embarcação.
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Fiscalização
A Capitania dos Portos de Itajaí, responsável pela fiscalização de embarcações em toda a região, fez na tarde desta segunda-feira a perícia preliminar na lancha que atingiu e matou um bombeiro militar em Bombinhas por volta do meio-dia. A embarcação não tinha proteção para a hélice, o que é exigido pelos órgãos fiscalizadores
A Capitania tem agora 90 dias de prazo entre a instauração e toda a apuração de um inquérito sobre o acidente. Após a perícia desta tarde, a lancha foi lacrada e levada até o Corpo de Bombeiros de Bombinhas. A embarcação ficará recolhida no batalhão para novas perícias nos próximos dias.
Segundo o sargento Eduardo Mendes da Silva também será apurado se nesse tipo de embarcação é obrigatório o uso da chave corta-corrente – que é ligada ao sistema elétrico da embarcação e tem a função de desligar o motor.
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Tharllys era bombeiro há um ano
Depois de atuar como guarda-vidas por cinco anos em Bombinhas, Tharllys Jhones Lourenço, que morreu nesta segunda-feira em um acidente com uma lancha em Bombinhas, era bombeiro militar em Itajaí há cerca de um ano. Comandante do batalhão dos bombeiros na cidade, tenente-coronel Sergio Murilo de Melo, diz que ele sempre foi um bom profissional, que cumpria com as obrigações do serviço militar.
– Ele era muito tranquilo e nunca trouxe nenhum problema para o quartel – comenta.
Tharllys era casado e tinha familiares morando em Bombinhas. Já a mãe dele e outros parentes vivem em Três Marias (MG) e vêm para o enterro do bombeiro, que ocorre nesta terça-feira em horário ainda não confirmado, no Cemitério de Morrinhos, em Bombinhas. O velório também acontece na cidade, na Igreja Presbiteriana da Praia de Zimbros. O trajeto com o caixão da igreja até o cemitério será feito pelo caminhão do Corpo de Bombeiros de Itajaí.
Leitor registra acidente em Bombinhas