
O aporte de capital é fundamental para a sobrevivência e crescimento das startups. Desta forma é imprescindível promover o encontro entre empreendedores e investidores, e auxiliar os novos negócios no acesso a capital de risco. Ecossistemas de inovação não podem prosperar sem a presença sistêmica de investimento de risco. A Rede Catarinense de Centros de Inovação precisa manter um cadastro de investidores e incluí-los nas suas diversas atividades, aproximando empresários da região para se envolverem nas atividades do Centro, e assim, convidá-los a construir uma rede de investidores. A produção de publicações, organização de eventos, encontros e capacitações a respeito do tema contribui para atrair investidores externos, além de formar futuros investidores.
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Nesse cenário, a Acate vem promovendo o relacionamento entre empresas de tecnologia e o acesso ao capital. A Anjos do Brasil, que apoia a disseminação de informações aos investidores, oferecendo segurança jurídica e operacional, além de preparar startups para o recebimento de aportes futuros. Resultado desta sinergia, instaurou-se em nosso estado a RIA – Rede de Investidores Anjo, com objetivo de promover o fomento ao investimento, focado no empreendedorismo e inovação, alavancando sua rede de conexão e associados.
Acesso a crédito, aval e garantias. Três das muitas difíceis palavras de serem pronunciadas no meio empreendedor. Desta forma, os Centro de Inovação articularão em prol da indicação de parceiros facilitadores do acesso a crédito, seja por meio de bancos de fomento (BADESC, BRDE e BNDES) ou outras instituições financeiras, apresentando aos empreendedores alternativas de acesso, modalidades disponíveis, contatos, informações e orientações para cada modalidade de crédito.
Outra importante atividade é apresentar modalidades de aval e garantias para empresas associadas do Centro, como FAMPE – Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas. O serviço é oferecido pelo Sebrae que, como avalista, tem o objetivo de disponibilizar garantias complementares a pequenos negócios, exclusivamente, ficando a cargo de uma instituição financeira conveniada realizar o procedimento de concessão de financiamento. Nesse sentido, o Fampe tem a função exclusiva de complementar garantias exigidas pelas instituições financeiras. Lembrando que esta garantia é exclusiva para pequenos negócios formalizados dos setores comercial, prestação de serviços e indústria que tenham faturamento bruto anual de até R$ 3,6 milhões, sendo que o teto máximo para concessão de garantia é de 80% do valor da operação de crédito por proponente.
Tech SC: fique por dentro do universo da tecnologia em Santa Catarina
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Para auxiliar na atração de investimentos, a implementação de observatórios para o mapeamento de setores estratégicos tem o intuito de realizar business inteligence/inteligência competitiva nos segmentos e áreas estratégicas definidas pelas regiões para sua especialização. Com esta iniciativa tem-se o acompanhamento das tendências, avanços científicos e tecnológicos, informações tecnológicas advindas de base de dados de patentes e demais modalidades de proteções da propriedade intelectual, com estatísticas e dados do segmento, possam ser compartilhados no Ecossistema de Inovação.
Um bom exemplo é o Observatório da Indústria Catarinense, uma iniciativa da Fiesc dirigida ao monitoramento dos fatores que afetam a competitividade industrial, cumpre este papel em nível estadual para os setores industriais. O Observatório também analisa o desempenho econômico e as tendências tecnológicas dos setores estratégicos para o estado. Com esta base de informações, obtém-se o planejamento integrado intersetorial, alinhando a promoção e divulgação do potencial dos municípios e da região do Centro para atração de investimentos de outros estados, países, setores, organizações e associações internacionais que preencham as lacunas tecnológicas e de prestação de serviços ainda não disponíveis. Para exponenciar a atração de investimentos temos a Agência de Atração de Investimentos do Estado de Santa Catarina, advinda da parceria entre o Governo do Estado e a Fiesc, que tem o objetivo de promover o desenvolvimento socioeconômico do Estado através da atração de investimento e incentivo a novos negócios. Trata-se de um canal único de atendimento, a InvesteSC se utiliza de sistemas de gestão para monitorar o fluxo de investimentos e ainda conta com um portal que traz informações para aqueles que queiram investir no Estado.
O Centro de Inovação deve ser um ponto de encontro de referência, permanente e contínuo, além das oportunidades pontuais de eventos, ocasiões em que deve ocorrer o ponto máximo da atração, integração, promoção, divulgação e alcance regional. Tornando-se assim, num marketplace de investimentos e de negócios, entre os investidores, empreendedores. Reunindo agentes do ecossistema, empreendedores iniciais, startups, grandes empresas, representantes do governo e entidades de apoio com o intuito de incentivar a geração de novos negócios, elevando o crescimento regional.
*Fabiano Odebrecht é diretor executivo da Incubadora Gene de Inovação e Tecnologia