A cidade de São Paulo e a região metropolitana têm, nesta segunda-feira, um total de 25 escolas estaduais ocupadas por estudantes, pais e professores e pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). A quantidade de escolas ocupadas mais que triplicou desde a manhã de sexta-feira. Até aquele momento, alunos ocupavam sete escolas no Estado: quatro na Capital e três nas cidades de Diadema, Santo André e Osasco, na Grande São Paulo
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Os atos são realizados contra a reorganização das escolas para ter só um ciclo por unidade (ensino fundamental de 1º a 5º ano, de 6º a 9º ano e ensino médio) e o fechamento de 93 unidades em todo o Estado.
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De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, dois colégios que haviam sido invadidos na última semana já foram desocupados: Escola Estadual Pio Telles Peixoto e Escola Estadual Elizete Oliveira Bertini. Além disso, a pasta afirma que a Escola Estadual Mary Moraes registrou apenas uma manifestação, mas a unidade não foi invadida.
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Neste fim de semana, o Estado revelou que o plano da secretaria é baseado em um documento de 19 páginas que cruza dados do principal indicador de qualidade educacional de São Paulo, o Idesp, e o desempenho de escolas que tenham ciclo único e mais de um ciclo.
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O resultado obtido pela pasta é que as unidades que atendem a determinada faixa etária com exclusividade se dão melhor na avaliação, mas o estudo foi criticado por especialistas por não considerar outras variáveis.
Na Escola Estadual Fernão Dias, em Pinheiros, os estudantes estão instalados desde o início da semana passada. Uma liminar da Justiça havia liberado a reintegração de posse do prédio na sexta, mas após pedido do Ministério Público Estadual e da Defensoria Pública, o juiz Luis Felipe Ferrari Bedendi voltou atrás e revogou a decisão.
*Estadão Conteúdo e Agência Brasil