Se o vira-latas Ulysses pudesse falar, não faltariam histórias para ele contar. Viveu na rua desde filhotinho, se virando atrás de abrigo entre uma esquina e outra, sempre dependendo das pessoas de bom coração que cruzavam o caminho dele e deixavam água ou alguma comida.

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Ele sequer tinha nome, há cerca de duas semanas, quando foi atacado por um cachorro maior na zona Sul de Joinville.

As mordidas o deixaram bastante machucado numa das patas traseiras, quase sem poder se mexer, mas a ação das voluntárias do grupo Patudos da Rua o ajudou a escapar da morte.

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Cachorro de idoso com câncer encontra um novo lar em Joinville

Elas levaram o cãozinho para uma clínica veterinária, onde a patinha ferida teve de ser amputada, e lhe deram um nome: Ulysses passou a ser chamado assim por causa do bairro onde foi resgatado, o Ulysses Guimarães.

Mais do que uma segunda chance de vida, Ulysses ganhou também um lar. Já recuperado da operação, ele agora viverá na companhia dos idosos da Casa de Repouso Brilho da Idade, no bairro Anita Garibaldi. Lá, o cãozinho receberá o carinho e a atenção que merece.

E os moradores da casa, claro, terão mais um companheiro cheio de amor para dar. O primeiro encontro dele com os novos amigos aconteceu nesta sexta-feira.

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– Ele é um cachorrinho especial e ficará com pessoas especiais. O que ele precisa é só um carinho, um colinho. Será um parceirinho para ter sempre ao lado – apresentou Marli Piekarski, 53 anos, uma das voluntárias do Patudos da Rua, uma organização independente de ajuda aos animais em Joinville.

A aproximação com os idosos foi tímida. Mas isto porque Ulysses também passou por uma cirurgia recente de castração e ainda recupera a disposição. O que não impediu os moradores da casa de fazerem os primeiros afagos no novo xodó do lar.

Como só tem um ano, o cachorrinho é praticamente um adolescente se for considerada a idade canina.

– Tendo um cachorrinho por perto, os idosos podem se sentir ainda mais em casa. O ideal é que não seja um cão muito ativo porque vai fazer companhia para pessoas mais sensíveis, mas ele é muito tranquilo – conta Tânia Larson, 50 anos, outra voluntária que também participou do resgate do cãozinho.

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Assim como Ulysses, há outros dois cães resgatados ainda aos cuidados do grupo Patudos da Rua que nos próximos dias também devem ganhar um lar, um final feliz.