Alô, Brasil! A conta não fecha mais! Somos um país de babacas. É o fundo do poço, o fim da picada. É a lama, é a lama (Tom Jobim), é o festival de babaquices que assola o país (Stanislaw Ponte Preta), é o Bananão (Ivan Lessa), é um poema sujo (Ferreira Goulart). Se o caro e paciente leitor for ao dicionário, verá babaca¹ e babaca². Eu nunca ofenderia babaca¹. Portanto, somos uma nação de tolos. Um chão de ninguém, sem presidentes desde 2003, sem Supremo, sem Congresso, sem planos. Estamos à mercê do mais barato dos coronelícios, de gentinha rasteira metida na política. Somos corroídos diariamente por uma horda incalculável de ladravazes atrás de polpudíssimas propinas. Há por todos os cantos do nosso dia uma corrupção capilar sem precedentes.
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Não bastasse, temos um dos contingentes estudantis mais burros do planeta. Não sabem ler, escrever, contar ou interpretar. Como reagiriam ante uma equação? Desconhecem meridianos, capitais, Camões, metáforas, o ponto de ebulição da água, outra língua e já não falam português. Cada vez mais se comunicam por convenções onomatopéicas, abreviações e emojis. Esses mesmos simplórios estiveram nas ruas este ano para protestar, entre outras coisas, contra a gastança desmesurada de um governo pervertido. Agora, insuflados, voltam e depredam o patrimônio público se insurgindo contra a PEC do Teto, justo o dispositivo para frear a gastança. É a idiotice elevada à enésima potência (também ignoram potência).
Como é? Manda quem pode, obedece quem tem juízes? Que país é esse? (Renato Russo). A imoral carga tributária fechou 250 mil empresas ano passado e é difícil saber quantos outros milhares de latrocínios e estupros impunes espreitam o desavisado cidadão que sustenta toda essa merda. Executivo, Legislativo, Judiciário e toda a malta política, desde o mais reles vereador, estancaram no tempo. São analógicos, enquanto a parcela atenta da população é digital (Marcelo Tas).
Olha como funciona a cabeça da corja: Rodrigo Maia mal virou presidente da Câmara há um mês se mandou pro Vaticano a expensas das burras federais. Levou mulher, cuia e seis deputados. Pra quê? Para assistir à nomeação como cardeal do arcebispo de Brasília? Uma semana antes esteve no Azerbaijão… Vem cá, o Brasil é constitucionalmente laico e o cara vai a Roma ver o cardeal com nossa bufunfa? E pra quê? Num país sério seria caso de impeachment! (Marco Antônio Vila).
Nessa terra de “Índio”, “Caju”, “Angorá”, “Caranguejo”, “Babel”, “Bitelo”, “Gripado”, “Campari”, “Comuna”, “Decrépito”, “Moleza”, “Velhinho”, “Boca Mole”, “Todo Feio”, “Misericórdia”… com seus banquetes recorrentes, renovação constante da frota oficial, caronas na Força Aérea e supersalários, se perguntarem ao povão quem querem pra presidente, dá Lula – o farrapo moral de toda essa história.
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Hoje não tô bom.