O colunista Sérgio Abranches, na CBN, comentou terça-feira passada um dos absurdos do cipoal de desmandos, incompetência e asneiras que arruinaram “esse país” nos últimos 13 anos: a energia. Não fosse revoltante, seria até curiosa a atitude do governo diante de uma questão tão valiosa e vital a todos os continentes. Aos fatos. No plano plurianual – a distribuição da grana – publicado pelo Planalto para 2016/2019, Vovó Metralha vetou simplesmente a parte destinada à tecnologia para a expansão da eletricidade através de sistemas fotovoltaicos e eólicos, valiosíssimas fontes de energias renováveis. Uma insana asfixia de prioridade.
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Na locação de recursos, 20% vão para petróleo e gás e 15% para energia elétrica. Esse último percentual é praticamente todo destinado às hidrelétricas e termoelétricas. Uma parte menor é destinada à eólica, a fotovoltaica sequer é mencionada. Bem, nem é preciso ser PhD nessas questões para ver minhocas na cabeça da, assim convencionada, “presidenta”.
Num momento em que os reservatórios do Nordeste estão incapacitados de funcionar pela seca – têm apenas 5% do volume -, o que quebra o galho lá é o sistema eólico já implantado, suprindo a demanda em 25%. É prova clara e suficiente de sua viabilidade, com total capacidade para substituir as hidrelétricas que, aliás, deveriam ser exigidas cada vez menos.
A Associação Brasileira de Energia Eólica informa haver ainda 13 usinas movidas a vento, prontas, mas sem poder operar, pois esperam linhas de transmissão. Não bastasse o descaso, os contribuintes ainda pagam por elas na conta de luz. Ou seja, o vento (embora não estocado) varre fartamente nosso território e temos uma descomunal incidência de raios solares. Há um olímpico desprezo por essas novas energias, inclusive o carro elétrico, pela arrogante Dilma Vana, que nutre preferência pessoal _ imaginem… _ por hidrelétricas.
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Enquanto todo esse potencial energético de alta qualidade é posto de lado pela “preferência pessoal” de uma governante pífia, empresas estrangeiras de porte têm grande interesse em investir aqui neste mercado pouco explorado. E sobram perguntas: de onde alguém com notória incapacidade administrativa, para não falar do seu baixo índice cultural, arranja poder e ousadia de tamanha voltagem para atrasar ainda mais a economia e o bem-estar dos brasileiros? Por que a equipe a obedece? E os técnicos? Ah, os técnicos… Todos defenestrados pelo compadrio.
Madame Rousseff e seus áulicos ignoram as energias limpas quando todo o planeta se volta definitivamente para elas. Difícil entender a ilógica. Por ora aguardemos a sapiência da fauna do “Conselhão da Diversidade Intelectual”, convocado pela teimosa nesta quinta-feira.
E lá vem o Brasil descendo a ladeira. De novo.