
Ora, já não é mais preciso detalhar o cenário grotesco do dia a dia dos brasileiros. Há de tudo. As sacolas de Geddel transbordadas em cédulas e o descompasso de Janot em sua função são extremos pra lá de suficientes para definir como o país se comporta nas instituições. A fetidez que preenche o espaço entre legisladores e supervisores é impublicável. Durma-se com o barulho de tanta bala perdida. Saia-se à rua com tanta superlotação, indulto e penas progressivas. Invista-se, adoeça-se, eduque-se com tantos drenos abastecendo a corrupção e a incompetência.
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Nesse clima, o general Antonio Hamilton Martins Mourão, secretário de economia e finanças da corporação, em palestra numa loja maçônica de Brasília no dia 15 respondeu a uma pergunta sobre a eventualidade de uma intervenção militar constitucional. Na resposta, admitiu que sim… com previdente reserva. Segundo seu comandante, general Eduardo Villas Bôas, não haverá punição ao general pela declaração. Desnecessário dizer como a colônia de sanguessugas se encrespou. Evidente, o comentário envereda fácil pela inconstitucionalidade, mas a galera que em 2002 comprou ingresso para assistir a uma nação decente, 15 anos depois sem a prometida satisfação garantida está visivelmente cansada e quer o dinheiro dos impostos de volta.
É simples. Eleitores não cooptados, ao assistir a um inferno desses (com protagonistas do naipe de Gleisi Hoffmann, incentivando o desemprego e encantada com a destruição da Venezuela sob as botinas de Maduro, e fantasiosos do PCdoB declarando apoio à Coreia do Norte), acabam se sentindo protegidos e confiantes em personalidades de valores morais e fiadores da segurança, com português firme e inteligível. Patriotas, enfim, acostumados à ordem, às leis e a cumpri-las.
Honestamente, não acho ser uma reedição dos verdes-oliva versus vermelhos, uma briga ideológica que brasileiro nenhum sabe direito até hoje o que é. É o desconforto dos generais com a esculhambação. Só isso.
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