
Fakes pululam na política (óbvio), nos tribunais, em palácio, no comércio, na educação, na segurança, no transporte, no esporte, nas grifes, nas rifas… Uma boa metáfora para o Brasil seria aquela embalagem contendo tijolos que você abre em casa pensando ter comprado um eletrônico para seu filho em Ciudad del Este. Falar nisso, há muito ultrapassamos o Paraguai nesse quesito. Vejamos os cigarros falsificados. Antes vinham do país vizinho, agora uma estrutura montada com boa logística foi desbaratada em São Paulo. Gente! Cigarros falsificados fazem mal à saúde…
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Talvez o mais fake seja mesmo nossa cidadania. O punhado mais grosso dos votantes passa batido num raso comentário de televisão ou texto de jornal. Dia desses ouvi uma senhora referir-se ao imbróglio nacional: “Quer saber? Eu não entendo nada desse negócio de notificação, delação premiada, condução coercitiva… Prefiro novela!”. É nesse caldo de cidadãos-fake, sem a menor ideia de Estado, que se desenvolvem as imensas e incontroláveis colônias de ladravazes e cabeças ocas com ideias de socialismo. Com a foice e o queijo na mão por 13 anos, deu no que deu. Não estava em seu DNA dividi-lo com o povão. Nossos bolcheviques também são fakes.
Ontem saiu mais uma pesquisa do glorioso Ibope. O instituto já revelou sua “feiquice” diversas vezes. Agora entrevistaram 0,0001% da população e deu mais de 77% de insatisfeitos com o presidente (outro fake). Nosso mordomo, em ruindade apanha de relho da antecessora, a elefanta em loja de cristais. No ótimo/bom só levou 3%. Dizem que por trás de todo o cenário político-social-sucessório-econômico-financeiro-bélico há um “sistema oculto”, controlador de toda essa joça. Se não for fake, ouso dar-lhe um singelo conselho. Enquanto inflação e desemprego descem, o PIB reage, as ruas e os black blocs estão quietos e os investidores se animam, deixa assim, pô! Em fake, quanto mais se mexe mais fede.
E avisem àquela senhora que delação é dedo-duro e coercitivo é na marra.
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