Caro e paciente leitor, peço respeitosamente licença para me reapresentar por meio desta coluna, seja na tela do computador, tablet, iPhone, smartphone ou, cada vez mais raramente, no jornal sobre a mesa do café, na sala de espera ou escritório! Aqui, destas linhas, lutarei pela liberdade de dizer poucas e boas à caterva que vem maculando sistematicamente a política neste país, visando fazer dela profissão! Da improvisada trincheira – agora cibernética, antes em papel-lauda – não medirei esforços para caçoar de manobras ilegítimas, sejam elas de postulantes ou empossados!

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Empenhar-me-ei, sobretudo, em vigiar elementos impelidos na tarefa de angariar votos e disputar cargos, alegando o suspeito interesse em “trabalhar pela comunidade”! Desdenharei quem erguer crianças! Acusarei os falsos sorrisos, os apertos de mão com o rosto já voltado para outro circunstante! Batalharei pelos cumprimentos à distância, haja vista a insistente proliferação da H1N1, zika, chikungunya, escabiose e sarna!

Denunciarei ao menor vestígio os visivelmente despreparados para funções públicas e escarnecerei dos aventureiros e suas apresentações decoradas aos gaguejos e suas musiquetas de rimas pobres! Farei pouco dos ridículos apelidos para fins de sufrágio, como Zé dos Parafusos, Ueberson da Bicicleta, Tussi do Apfelstrudel! Amaldiçoarei slogans redentores contendo “rumo”, “felicidade”, “renovação”, “comunidade”, “confiança”, “povo” e “experiência”! Achincalharei os que creem ter votos só por serem avós ou pais de família, por terem sido pobres, trabalhado na roça ou engraxado sapatos! Aos renitentes defensores dos animais, fuçando futura edilidade, também guardei minha quota de ironia!

Darei um pau nas juras sobre ligações entre bairros, veículos leves sobre trilhos, acesso ao Frohsinn, reaproveitamento do Edifício América, revitalização do rio, implantação de um teleférico, as inúmeras pontes do Centro e a obrigatoriedade do alemão nas escolas! Teclarei caudalosamente contra as promessas de desviar o Itajaí-Açu para evitar cotas desastrosas nas enchentes! E minha pena não terá pena dos pretensos multiplicadores de creches, postos de saúde e médicos 24 horas!

E quem prometer ônibus em moldes europeus receberá deste modesto chargista diário, e colunista hebdomadário, um libelo exclusivo e contundente! Não duvide! Eu tenho minha história neste jornal que acaba de completar 45 anos! Eis-me aqui! Você sabe quem eu sou! A data do meu aniversário é 13/02, sim! Infelizmente a mesma do PT, mas o destino assim o quis! Revelo estes algarismos de cabeça erguida!

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Por isso, leitor, nas sextas-feiras peço humildemente sua leitura! Não esqueça: Cao Hering, na penúltima página do Santa! Sou de 13/02! Conto com você!