Estava mesmo dizendo para meus zíperes que pegaram o Brasil de jeito. Nisso, recebo de uma amiga professora um e-mail falando do mesmo assunto. Resumo do papo: imbecilização instalada, nossos estudantes universitários são, em sua maioria, produto da “educação” da era Lula-Dilma, foram alfabetizados por volta dos seis anos e hoje passam dos 20. Portanto, não conhecem outra realidade cultural. É a parte mais trágica desse tipo de ideologia. O poder se mantém por empurrar para a ignorância pessoas com potencial para discernir. Apesar de o Brasil dispor de tecnologia do Século 21 (importada e mal adaptada), nossa ideologia é do Século 19. A sensação é bem curiosa: as ideologias do Século 20, com seus altos e baixos — principalmente com a derrocada do modelo soviético, ou daquilo que alguns “românticos” insistem em classificar de “socialismo real” —, não chegaram ao Bananão. No resumo da bosta, temos tecnologia do Século 21, ideologia do Século 19, e nada aprendemos com o Século 20.

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Elio Gaspari: “O PT prometia educação pública, gratuita e de qualidade. Chegou ao governo e entregou às massas um ensino privado, pago e ruim, jogando no mercado de trabalho jovens sem qualificação, com diplomas que não servem sequer para pendurar na parede”.

Gabriel Tebaldi, graduado em História e Filosofia e pós-graduado em Sociologia, em seu excelente artigo Brinde ao Empresariado, dá tintas fortes à esculhambação: “Encampado pelo PT, o conto de fadas do Século 19 diz que o patrão explora os pobres e acumula lucros exorbitantes enquanto o povo colhe migalhas. Para eles, empresários são senhores gordos que usam cartola, fumam charuto e chicoteiam operários. A falácia, porém, se desfaz diante dos fatos. No Brasil a maioria dos empreendedores é negra e abriu o próprio negócio por necessidade; 44% possui apenas sete anos de estudo e mais da metade trabalha por conta própria e, assim, não possui ninguém para chicotear”. Sugiro ao caro e paciente leitor uma olhada completa nesse artigo recheado de dados estarrecedores. Está no Google.

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Tebaldi finaliza: “Nenhum discurso é tão irreal como o ‘ódio ao empresário’. Enquanto políticos e sindicalistas vivem do salário alheio, empreendedores sustentam a economia, geram empregos, pagam impostos e limitam-se diante da maior legislação trabalhista do planeta. Se as empresas deixassem de existir (como sonha a esquerda), viveríamos em caos e miséria!“.

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Abram o olho: está no forno da Universidade Federal da Fronteira do Sul, em Chapecó, a pós-graduação “A Esquerda no Século 21”. A universidade é pública, mas a pós é paga: R$ 7,2 mil por abduzido (haha!). Diga lá: o que você espera de um curso com professores como Dilma Rousseff, João Pedro Stedile e Jandira Feghali?

E pensar que por mais de 30 anos, dono de agência, assinei dezenas de carteiras de trabalho…