Confronto entre os da mesma espécie. Jorge Henrique e Maquinhos, camisas 10 de Figueirense e Avaí: cão e lobo. Foram estas as figuras assumidas por ambos para assumir o protagonismo que o 1 a 1 no Orlando Scarpelli confirmou. Animais que adotaram na promoção do clássico e provocações sadias via redes sociais. Figuras equivalentes no último domingo.
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Depois da declaração do camisa 10 alvinegro, na sexta-feira, que seu time taparia o buraco que abriu no jogo do turno entre as equipes, o 10 azurra respondeu pelas redes sociais que “um lobo calado assusta mais que um cachorro latindo”. Instantes depois, Jorge Henrique publicou a resposta: “Prefiro um cão que late que um lobo guia”. Estava promovido o jogo e marcado o duelo particular entre eles.
O cão Jorge Henrique começou jogando, era o capitão alvinegro e, como tal, liderou a equipe. Inclusive nas ações ofensivas. Botou bola na área em lance que parou no travessão, ajudou a conter seus companheiros quando o clima esquentou. Porém, não foi apenas o que tomava conta de seu rebanho. Depois que acertou o chute que parou dentro do gol de Aranha, comemorou imitando o animal. Assumiu ainda mais o papel quando fez os gestos do bicho fazendo xixi, com uma perna erguida.
O lobo viu do banco de reservas o lance. Mas não apenas isso no primeiro tempo. Feroz, Marquinhos foi o primeiro dos reservas a entrar em campo quando a confusão após a expulsão do companheiro Luanzinho teve início. Ajudou a conter colegas, porém também revidou ao sentir perigo. Enquanto havia empurra-empurra na saída do técnico Claudinei Oliveira de um lado, estava no outro e acertou um soco no queixo do também reserva Pereira, do Figueirense. A arbitragem não viu. Então, aos 25 da etapa complementar, entrou em campo no lugar de André Moritz, e foi “saudado” pela torcida da casa.
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A situação mudou logo em seguida, porque Jorge Henrique também seria expectador do banco de reservas ao ser substituído pelo volante Abuda. Viu o adversário como um lobo, efetivamente. É que Marquinhos passou praticamente todo o tempo em campo na espreita, esperando a hora ao bote. Sua maior arma é a bola parada e foi com ela que cravou suas garras. Bateu o escanteio fechado que Zé Antônio – e podia ser qualquer outro alvinegro – desviou e tirou Denis da bola que terminou na rede.
Jorge Henrique e Marquinhos, cão e lobo, mostraram que têm o mesmo DNA: o do protagonismo.
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