Morreu na madrugada deste domingo (8), a cantora Vanusa, aos 73 anos. Ela foi encontra sem vida na casa de repouso onde vivia no Litoral de São Paulo. A assessoria de impressa da artista confirmou a morte ao jornal Extra

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Por volta das 5h30 da manhã, um enfermeiro da casa de repouso no qual ela vivia há quase dois anos encontrou a cantora já sem batimentos cardíacos. A causa da morte foi insuficiência respiratória.

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Em agosto, a filha de Vanusa, Aretha Marcos confirmou que a mãe foi diagnosticada com Alzheimer. No dia 9 de outubro, após 32 dias internada, Vanusa recebeu alta do Complexo Hospitalar dos Estivadores, em Santos, onde chegou a passar pela UTI para tratar de uma pneumonia.

Em seu Instagram, Aretha Marcos fez uma homenagem para a mãe, que morreu no mesmo dia que seu pai Antônio Marcos – também falecido – faria aniversário.

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Luta contra depressão e dependência química

Em 2018, Vanusa foi internada pela terceira vez para tratar a depressão e a dependência química. Na ocasião, o filho, Rafael Vannucci confirmou que a doença da mãe estava piorando de 15 anos para cá, mas que ela é uma pessoa forte, guerreira e batalhadora.

Vida artística

Vanusa Santos Flores, paulista nascida em Cruzeiro, em 1947, mas criada na mineira Uberaba, chegou a São Paulo e não demorou a ser notada. Ela pegou a fase final do programa “Jovem Guarda”, na Record. 

Na TV Excelsior entre 1966 e 1968, fez parte do elenco que seria o embrião do lendário grupo dos Trapalhões, Renato Aragão teve companheiros como os cantores Ivon Cury e Wanderley Cardoso, o astro de luta-livre Ted Boy Marino e, na função de estrelinha romântica da trupe, Vanusa.

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Ela gravou cinco álbuns entre 1968 e 1974, todos levando como título apenas seu nome, “Vanusa”. Os primeiros álbuns eram marcados por um pop romântico, de refrão fácil, deixando espaço para uma ou outra faixa de sonoridade psicodélica, influenciada pelo rock americano e inglês do fim dos anos 1960. A partir de seu terceiro álbum, ela gravou sob influência do cantor e compositor Antônio Marcos, com quem casaria e teria duas filhas, Amanda e Aretha. Depois da separação do cantor, ela se casou com o produtor e diretor de TV Augusto César Vannucci, com quem teve um filho, Rafael.

Depois de estourar com outra canção, “Sonhos de um Palhaço”, de Antônio Marcos e Sérgio Sá, Vanusa gravou em 1975 seu álbum mais ambicioso, “Amigos Novos e Antigos”. 

Seu ritmo de trabalho foi diminuindo gradativamente, gravando pouco, e ela sentiu a perda do marido e do ex. Antônio Marcos morreu em 1992, aos 46 anos, de insuficiência hepática. Vannucci morreu no mesmo ano, aos 58 anos, de isquemia cerebral.

Em 2009, Vanusa protagonizou um episódio vexatório num evento na Assembleia Legislativa de São Paulo. Ela cantou o hino nacional de forma bizarra, errando a letra e desafinando, e o vídeo explodiu na internet. Boatos de que estaria bêbada ou drogada foram espalhados. A cantora disse que estava sob efeito de um remédio muito forte para labirintite.

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Em 2015, a cantora teve um novo momento de brilho com o álbum de inéditas “Vanusa Santos Flores”, projeto criado para ela por Zeca Baleiro. Lançado pelo selo do cantor, Saravá Discos, o álbum tem canções de compositores como Angela Ro Ro, Zé Ramalho e o próprio Baleiro.

Pouco tempo depois, Vanusa começou a mostrar sinais de Alzheimer, interrompendo uma carreira de 18 álbuns e um reconhecimento popular que transformou seu nome em sinônimo de mulher loira e bonita. E também uma cantora extraordinária.

*Com informações Folhapress.