A cantora e compositora Ana Paula da Silva, de Joinville, lança novas músicas inspiradas em um movimento cultural criado na Baía da Babitonda no século 19. Além de ser transformado em canções, o Catumbi de Itapocu ainda foi tema de um livro que será lançado em breve pela artista.
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Ana Paula tem 26 anos de carreira artística e publica o livro “Alma na Voz e Mãos no Tambor”, mas antes fará um bate-papo como contrapartida social. O projeto, aprovado pelo SIMDEC Mecenato Municipal, é dedicado em apresentar e mapear algumas práticas musicais da Baía da Babitonga.
A cantora vai mostrar parte da pesquisa dedicada ao grupo Catumbi de Itapocu em três dias diferentes. Nesta sexta-feira, estará na livraria O Sebo, às 20 horas; no domingo, às 11 horas, no Caminho Curto, e às 16 horas na Amorabi; e na terça-feira (12), online, via Youtube/anapauladasilva, às 19 horas.
Será ainda uma oportunidade de apresentar as composições feitas a partir da fonte de inspiração humana e artística que é a cultura popular da Babitonga.
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Os encontros serão divididos da seguinte forma: 20 minutos sobre a pesquisa, 25 minutos de apresentação das composições e 15 minutos para um bate-papo para perguntas e curiosidades. Toda a programação é gratuita.
— Como compositora e artista, a minha história de vida, minha criação musical, desde o primeiro álbum, teve forte influência da música afro-brasileira. O Catumbi de Itapocu despertou em mim o desejo de pesquisar, conhecer e receber o atravessamento desta maravilhosa prática e depois desaguar em um processo criativo, embebido desta manifestação — conta.
O grupo Catumbi de Itapocu
O grupo Catumbi de Itapocu também poderia ser chamado de congada catarinense, folguedo ou dança dramática. A manifestação popular realiza um ritual pela fé em Nossa Senhora do Rosário, praticado por afro-descendentes da comunidade de Itapocu, em Araquari. O ritual é caracterizado por sua dança, canto e toque dos tambores, conduzido pelo Capitão, os Tamboreiros e os Dançantes.
Ele ocorre durante três dias com novenas, músicas, encenações, cortejos, missa, práticas católicas que, unidas ao ritual do grupo, se denomina Festa de Nossa Senhora do Rosário, finalizando com a coroação do Rei e Rainha. É uma das manifestações culturais mais longevas de Santa Catarina e resiste desde 1854.
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