Os seis trabalhadores resgatados de condições análogas à escravidão foram indenizados em R$ 225 mil pelo cantor Leonardo, segundo o documento do acordo feito pela Defensoria Pública da União (DPU), o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o cantor. Eles estavam em uma fazenda do cantor, em Jussara, Goiás. De acordo com a defesa do artista, além da indenização, Leonardo pagou uma multa de R$ 94.063,24. As informações são do g1.

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“Nós resolvemos todos os problemas da fazenda, mesmo estando arrendada. Foram pagas todas as indenizações a essas pessoas e nós aceitamos o acordo proposto pelo Ministério Público”, detalhou o advogado Paulo Vaz ao g1.

Cantor Leonardo é incluído pelo governo em “lista suja” do trabalho escravo

O cantor afirmou, após repercussão do caso, que não sabia da situação até ser notificado, pois a área está arrendada para outra pessoa, que não foi localizada para se manifestar.

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Leonardo foi incluído na “lista suja” do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), divulgada na segunda-feira (7), após uma fiscalização resgatar os trabalhadores. De acordo com um relatório produzido pelo órgão, o sertanejo deveria indenizar cinco dos trabalhadores em R$ 35 mil. Além disso, ficou acordada uma indenização de R$ 50 mil ao adolescente de 17 anos que foi encontrado realizando trabalho proibido no local. Ao todo, 18 pessoas trabalhavam na fazenda.

O Ministério Público do Trabalho confirmou, em nota, que Leonardo já pagou as indenizações e o caso foi arquivado em abril deste ano.

Sem folgas e jornadas de 10 horas: a rotina dos trabalhadores resgatados na fazenda de Leonardo

Ao todo, a fiscalização identificou 18 trabalhadores em duas fazendas do cantor, Talismã e Lakanka. Seis foram resgatados em condições análogas às de trabalho escravo, enquanto os outros 12 trabalhavam em diversas atividades, como a preparação do solo para o plantio de soja e a manutenção de cercas.

De acordo com o documento, apesar de também trabalharem de forma informal, sem registro e com direitos trabalhistas assegurados, as condições de vida e de trabalho não foram consideradas tão degradantes a ponto de configurar uma situação de trabalho análoga à de um escravo.

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