O volume de água do Sistema Cantareira, que abastece cerca de 6,5 milhões de pessoas na Região Metropolitana de São Paulo, apresentou alta nesta quarta-feira, atingindo a marca de 13,7% de sua capacidade de reserva.

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Desta forma, o reservatório passa a ter praticamente a mesma quantidade de água de quando a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) acrescentou a segunda cota de volume morto ao cálculo, em 24 de outubro de 2014. Naquela época, o governo do Estado anunciou que 105 bilhões de litros da chamada segunda “reserva técnica” haviam sido adicionados ao manancial, que, então, contava com apenas 3% de sua cota normal. Isso fez a reserva atingir 13,6%.

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Os dados da Sabesp indicam que, entre terça e quarta-feira, a chuva acumulada da região do Cantareira foi de 26,6 milímetros, o que corresponde a quase 20% de toda a chuva esperada para março, que é de 178 mm. Até agora, já choveu 127,1 mm na área.

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Todos os outros cinco grandes sistemas de abastecimento hídrico da Grande São Paulo também tiveram alta. O Guarapiranga, que passou de 70,4% de sua capacidade de reserva para 71,6% no período, foi o que mais cresceu. Em seguida, está o Alto Cotia, que elevou-se para 52,3%. Na terça-feira, o volume era de 51,4%.

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Apesar do aumento da quantidade de água acumulada nos reservatórios que abastecem a Região Metropolitana, a crise hídrica ainda está longe do fim. A situação pode se agravar após o fim de março, quando a quantidade de chuvas deve diminuir consideravelmente na região.