Candidatura de pedetista à prefeitura de Lages está ameaçada

A Justiça Eleitoral não reconheceu o diretório municipal do PDT de Lages, na Serra Catarinense, eleito no dia 27 de maio. A sentença, da tarde desta quarta-feira, foi do juiz da 21ª Zona Eleitoral, Jaime Machado Junior.

Assim, a candidatura a prefeito do ex-coronel da Polícia Militar, Paulo Dellajustina, está ameaçada. O julgamento sobre a validade do pedido de registro da candidatura será feito nesta quinta pelo mesmo magistrado. Até o resultado, que deve sair por volta das 18h, a candidatura de Dellajustina estará mantida. Mas com a invalidação do diretório, a tendência é de que seja impugnada. Independentemente da decisão, os interessados poderão recorrer num prazo de três dias.

Agora, o legítimo poder do PDT lageano fica mesmo com a comissão provisória nomeada no fim do ano passado pela executiva estadual e cujo presidente é o dentista Márcio Arruda Ramos. Se confirmada a rejeição da candidatura de Dellajustina, o PDT reitera o apoio a Antonio Ceron (PSD), que será o único candidato na disputa contra Elizeu Mattos (PMDB) na eleição municipal de outubro.

Paralelamente à Justiça Eleitoral, outra ação foi movida na Justiça Comum pelo grupo de Dellajustina na tentativa de reconhecer o diretório que o escolheu como candidato do PDT à prefeitura. O processo está em fase inicial na 1ª Vara Cível de Lages e deve ser julgado antes da eleição. A sentença da Justiça Eleitoral não interfere na decisão, a cargo do juiz Joarez Rusch.

Por telefone, Dellajustina disse à reportagem do DC que considera “a maior injustiça da vida” a sentença que tornou ilegítimo o diretório que o escolheu como candidato. Ele alega que o grupo foi eleito com base no estatuto do partido, que permite convocar eleição extraordinária desde que haja um abaixo-assinado com a adesão mínima de 10% dos filiados, e que houve um atentado contra a democracia.

– Vamos recorrer da sentença, pois temos compromisso moral e não somos um partido de negócios. A executiva estadual está há 30 anos como comissão provisória, pois se fosse para ser eleita democraticamente, não conseguiria.