A isonomia do concurso do Ministério Público de Santa Catarina realizado no último domingo, em Santa Catarina está sendo questionada por candidatos. Pela Internet, em uma rede social, há várias reclamações referentes a situações que teriam levantado a suspeita dos participantes.
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A Fundação de Estudos e Pesquisas Socio Econômicas (Fepese), organizadora do certame, admite que houve um atraso na entrega do caderno de prova em três salas, mas que ninguém ficou prejudicado, sendo que o problema foi resolvido.
Acostumada com a rotina de provas em concurso público, Angela Salvador Forgen, diz que estranhou quando após uma hora e vinte e três minutos a prova para o cargo de motorista chegou “em cópias”.
– A primeira prova que chegou estava com o cargo trocado. Eles recolheram e providenciaram a troca, o caderno chegou em cópias, não eram impressões originais como a primeira. Estava até quente. Isto tem cara de enganação- comenta a candidata.
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Em um grupos fechados no Facebook, candidatos postaram várias reclamações sobre a prova. Entre as quais reclamavam que em algumas salas os envelopes chegaram abertos, que celulares chegaram a tocar durante a prova e nenhuma medida foi tomada.
O superintendente da Fepese, Altair Acelon de Melo, reconhece que houve um atraso do caderno de prova em três salas,atingindo ao todo 60 candidatos que prestaram o concurso para o cargo de motorista e técnico de informática nas salas da Universidade Federal de Santa Catarina. Segundo ele, as provas foram encaminhadas para o local errado, em Palhoça. Mas o problema foi resolvido e o tempo de atraso foi compensado posteriormente.
-A prova começou com atraso, mas o problema foi resolvido. Às 12h45 85% dos candidatos já haviam concluído-observa o superintendente.
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Melo relatou ainda que desconhece os demais problemas relatados pelos candidatos. Em relação ao envelope de prova que teria chegado aberto na sala, ele informa que não procede a informação.
-Soube de dois envelopes que chegaram na prova da tarde arranhados pelo ziper da pasta, mas não estavam abertos. Inclusive estes envelopes estão comigo porque verifiquei a informação- destaca.
De acordo com o superintendente não há, por enquanto, nenhuma razão para que o concurso seja anulado. A possibilidade seria julgada pela Justiça. Segundo a Fepese, participaram da prova cerca de 26 mil candidatos e trabalharam neste concurso 1861 pessoas, todos profissionais treinados e capacitados.
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MPSC aguarda relato oficial
O promotor de Justiça e presidente da Comissão de Concurso do Ministério Público de SC, Rogério Seligman, informou por meio de assessoria que foi notificado pela Fepese dos problemas ocorridos na prova. A orientação repassada à Fundação é que garanta a isonomia a todos candidatos em relação ao tempo de prova. O promotor aguarda agora o relato oficial da Fepese para avaliar a necessidade de outras providências