A posição sobre os ataques ao sistema eleitoral e o respeito ao resultado das eleições deste ano foram questionados aos oito candidatos ao governo de Santa Catarina presentes no debate promovido pelo NSC Total e CBN na terça-feira (16) (veja respostas abaixo).
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A lisura das instituições e a segurança das urnas eletrônicas são alguns dos alvos de ataques que tentam colocar em dúvida o processo eleitoral.
Em julho, entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) e Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) emitiram nota conjunta em apoio à Justiça Eleitoral e plena confiança no sistema de votação.
Outro movimento recente em defesa da democracia e do sistema eleitoral foi a carta da Universidade de São Paulo (USP) em amparo ao regime político em vigor. Mais de 1 milhão de pessoas assinaram o documento.
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As duas ações vão ao encontro do que a maioria dos brasileiros pensa sobre o sistema eleitoral. É o que diz a pesquisa Datafolha de julho que apontou que 79% dizem confiar muito ou um pouco no sistema brasileiro.
Cada um dos candidatos foi questionado com duas perguntas:
- O que o senhor acha dos ataques ao sistema eleitoral brasileiro?
- Você respeitará o resultado das urnas a nível estadual e nacional, independente do resultado?
Confira a resposta de cada um dos oito candidatos presentes
*Em ordem alfabética
Carlos Moisés (Republicanos)
O que o senhor acha dos ataques ao sistema eleitoral brasileiro?
Eu sou prova viva de que um desconhecido chega ao poder, passa a governar Santa Catarina pela vontade do povo. Sou prova viva de que isso está funcionando, funcionou comigo e deve funcionar com os demais candidatos também. Acredito que a gente está transformando o Estado de Santa Catarina pela decisão do povo.
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Você respeitará o resultado das urnas a nível estadual e nacional, independente do resultado?
Cabe a nós aceitarmos o resultado, a decisão soberana de Santa Catarina. É importante dizer que independentemente de quem governa o Estado, de quem governa o país, o governo do Estado tem que trabalhar para melhorar a vida dos catarinenses, ser parceiro do governo federal como nós somos hoje do atual governo federal no Brasil.
Décio Lima (PT)
O que o senhor acha dos ataques ao sistema eleitoral brasileiro?
Nada mais importante na construção da história da humanidade e do nosso país do que a democracia. O sistema eleitoral é fundamental para garantir o estado de direito e garantir a participação efetiva, igualitária de todo o povo brasileiro.
Você respeitará o resultado das urnas a nível estadual e nacional, independente do resultado?
Isso é aquilo que sempre construiu nos caminhos de quem são democratas. Eu já ganhei muitas eleições e já perdi as eleições. Quando as perdi, levantei as mãos daqueles que disputaram comigo porque o importante é a democracia como valor universal para todos nós, o povo brasileiro.
Esperidião Amin (PP)
O que o senhor acha dos ataques ao sistema eleitoral brasileiro?
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Nós temos que aperfeiçoar o sistema eleitoral. Então muito mais do que ataques, melhorá-lo.
Você respeitará o resultado das urnas a nível estadual e nacional, independente do resultado?
Sem qualquer dúvida. Sempre aceitei o resultado da eleição.
Gean Loureiro (União Brasil)
O que o senhor acha dos ataques ao sistema eleitoral brasileiro?
Muitos deles são válidos. É necessário aperfeiçoar e isso vem de pouco em pouco de maneira gradativa para a população quando elege seus representantes já tem que ter um compromisso com isso.
Você respeitará o resultado das urnas a nível estadual e nacional, independente do resultado?
Eu sempre aceitei o resultado das eleições. Venci a maioria. Muito mais do que isso, vou tentar conquistar o eleitor e ter confiança no sistema eleitoral.
Jorge Catarino Boeira (PDT)
O que o senhor acha dos ataques ao sistema eleitoral brasileiro?
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As urnas eletrônicas já mostraram a sua verdade. Aqueles que reclamam da urna eletrônica são aqueles que se elegeram nesses últimos 30 anos em todas as eleições, portanto, as urnas eletrônicas fazem parte da nossa democracia. Eu mesmo votei favoravelmente para que se tenha o recibo eleitoral. Agora, o fato de não ter o recibo eleitoral não significa que o processo não tenha lisura.
Você respeitará o resultado das urnas a nível estadual e nacional, independente do resultado?
Certamente. Isso é uma vontade majoritária da sociedade, do povo catarinense. Estou aqui participando da festa democrática que é a eleição. A gente aqui está se colocando como uma alternativa para aqueles que precisam mais de um Estado catarinense. Portanto, não tenho dúvida do resultado. Aceitaremos e evidentemente respeitaremos sobretudo a vontade soberana da sociedade.
Jorginho Mello (PL)
O que o senhor acha dos ataques ao sistema eleitoral brasileiro?
Isso faz parte da democracia. Eu acho que o sistema eleitoral tem que ser respeitado a cada eleição. Essa eleição poderia ter sido melhorada, poderia ter sido acoplado algo na urna eletrônica para guardar o voto do eleitor para melhorar a segurança. É isso que todo mundo quer.
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Você respeitará o resultado das urnas a nível estadual e nacional, independente do resultado?
Eu já fiz diversas eleições e sempre respeitei o resultado. Em Santa Catarina, claro que vou respeitar o resultado.
E a nível nacional?
Também.
Ralf Zimmer (Pros)
O que o senhor acha dos ataques ao sistema eleitoral brasileiro?
Eu acredito que a questão não pode ser definida nesse tom, nem de ataque e, nem de contra-ataque. Eu acredito que o diálogo, a transparência, os atores sociais devem investir nisso. As autoridades informam melhor a população e a população está no seu direito de questionar, vivemos em uma democracia.
Você respeitará o resultado das urnas a nível estadual e nacional, independente do resultado?
O resultado das eleições é que a própria legislação eleitoral permite ser impugnado. Essa questão de vai aceitar é um exercício de futurologia. Temos que ver se as eleições vão transcorrer dentro da normalidade legal e se assim o for a gente aceita. Se não for, nós vamos impugnar, não tenha dúvida disso.
Odair Tramontin (NOVO)
O que o senhor acha dos ataques ao sistema eleitoral brasileiro?
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Eu respeito as regras do jogo. Se não é perfeito, precisamos aprimorar, mas faz parte do atual sistema eleitoral brasileiro e nós do partido NOVO nos apresentamos aceitando as regras do jogo e não temos motivo para desconfiar.
Você respeitará o resultado das urnas a nível estadual e nacional, independente do resultado?
Óbvio. Nós vivemos numa democracia, segurança jurídica, um país que tem instituições que cá ou acolá pode estar com alguma deficiência, mas instituições que funcionam e nós somos um partido que pertence ao regime democrático e obviamente que essa pergunta não deveria nem ter sido feita.
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