São José é a quarta maior cidade do Estado e tem apenas um hospital público. De responsabilidade do Estado, o Regional acaba absorvendo também pacientes da Grande Florianópolis, já que cidades como Palhoça e Biguaçu ainda não contam com estabelecimentos públicos.

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Para a secretária geral do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Sintram-SJ), Alessandra Gorges, uma das principais deficiências é com relação à cobertura da atenção básica. Ela cita que hoje em São José são 40 equipes de saúde da família, enquanto que o ideal seria ter, pelo menos, 87 equipes.

A saúde é também uma preocupação da Associação Empresarial da Região Metropolitana de Florianópolis (Aemflo), que em períodos eleitorais procura promover encontros com os candidatos e levantar bandeiras para o município. O presidente Tito Schmitt considera que o principal problema da saúde é a gestão.

– Entendemos que há dinheiro, e profissionais no mercado. Com melhor gestão, teríamos atendimento com uma qualidade muito superior.

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A pergunta

A saúde é uma das maiores preocupações da população. Em São José, os postos de saúde não suprem a demanda e a emergência do Hospital Regional acaba sobrecarregada. Quais suas propostas para reduzir as filas e melhorar o atendimento na saúde básica?

Adeliana Dal Pont (PSD)

Estão previstos para saúde em 2012 quase R$ 50 milhões. Dinheiro tem, o que falta é gestão. O primeiro passo é determinar que a equipe tem que entender de saúde e de gestão. Hoje, o cidadão vai ao posto às 16h e não tem mais médico. Então procura o Regional, que não consegue atender à demanda. Os Centros de Saúde terão clínicos, pediatras e ginecologistas durante todo o horário; medicamentos, exames laboratoriais e de Raio X para dar resolutividade. Quando fui secretária da Saúde, construí 11 postos e a Policlínica de Campinas. As pessoas faziam a consulta hoje e os exames no dia seguinte. Hoje, leva 60 dias.

Djalma Berger (PMDB)

Infelizmente, o Regional têm sérias dificuldades de pessoas e materiais para atender à demanda. Foi construído há 25 anos e, até agora, nenhum outro hospital foi executado pelo Estado na região. Para minimizar essa triste realidade, a prefeitura investe em duas policlínicas com Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) 24h em Forquilhinhas e Barreiros. A Serraria também terá uma UPA. Abrimos um posto de saúde novo na Colônia Santana e outros três atendem emergências. Em Barreiros, implantamos um Centro de Fisioterapia e, na Serraria, um de Psiquiatria. Com essas e outras ações, São José será ainda melhor atendida.

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Rafael de Melo (PSOL)

Se o Regional está sobrecarregado é porque os governos nas três esferas sucateiam o SUS para privatizá-lo, desde os hospitais até a falta de investimentos na atenção básica e de média complexidade. Nosso foco será em programas intersetoriais de promoção e proteção da saúde voltados às demandas de cada segmento populacional, conforme o perfil epidemiológico. Para tanto, precisamos de mais servidores nas equipes do PSF, ampliar o quadro de especialidades das unidades básicas e concluir as policlínicas. Devemos também lutar, em nível regional, pela atenção de alta complexidade 100% pública e de qualidade.

* O candidato Fernando Elias (PTB) não respondeu à questão encaminhada, por e-mail, pela reportagem.