Negociar o reajuste anual dos servidores, ampliar a cobertura do plano de saúde, atender aos pedidos para novos serviços das secretarias e, acima de tudo, ficar dentro dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

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PDF: as propostas dos candidatos

Estes são apenas alguns dos desafios do novo prefeito na área administrativa. Por isso, para melhorar as finanças, agilizar os procedimentos e valorizar o servidor público municipal, cada um dos cinco candidatos a prefeito de Joinville tem uma proposta diferente.

O prefeito Carlito Merss (PT) acredita que o método mais eficaz é melhorar a arrecadação, conseguindo um repasse maior de ICMS, além de diminuir o número de secretárias regionais.

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– Não podemos deixar de oferecer serviços para as pessoas. Temos que arrecadar mais -, diz.

Já Udo Döhler (PMDB) investe numa proposta que alia bons resultados a crescimento pessoal e mais ganhos dentro da administração, a meritocracia.

– Joinville vai aumentar naturalmente sua arrecadação. Nós precisamos melhorar os procedimentos, agilizar os processos e, com a eficiência, premiar o funcionário -, diz.

O corte de comissionados é apontado como a principal solução pelo deputado Kennedy Nunes (PSD) para o funcionalismo público. Segundo ele, a redução de 30% das vagas de confiança – ampliada posteriormente para 50% – serviria como impulso necessário para economizar dinheiro, diminuir o percentual de gastos com salário e aumentar o investimentos.

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– Cada comissionado equivale ao salário de dois funcionários de carreira. Se cortarmos metade, calculo que haverá uma economia de R$ 10 milhões por ano, no mínimo -, garante.

Já o ex-prefeito Marco Tebaldi (PSDB) pretende reduzir gastos, reestruturar o quadro funcional e melhorar os serviços, mesmo ainda não tendo definido o modelo de como realizar essas mudanças.

– Precisamos que o Vitaserv atenda a mais pessoas, precisamos ter menos gastos e que o servidor seja valorizado. Agora, resta estudar a melhor forma de fazer isso -, diz.

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A proposta de Leonel Camasão (PSOL) também segue a lógica do corte de comissionados, mas é um pouco mais severa. Camasão sugere o corte imediato de 50% dos comissionados, além de reduzir pela metade o salário do prefeito e em 30% o do vice-prefeito e secretários.

– O corte de salários é uma medida que diminui os gastos, mas funciona de forma educativa também -, fala.

No último ano, a Prefeitura de Joinville gastou R$ 465,18 milhões com o pagamento de salários dos 11,9 mil servidores municipais. Isso representa quase 50% de todo o dinheiro que entra no cofre.

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A quantia dificulta que governantes façam investimentos mais altos em obras para a cidade. O comprometimento com a folha engessa a administração e pode atrapalhar os planos do prefeito. E, além do peso da máquina pública, o futuro administrador terá a missão de evitar eventuais greves.