Nos quatro meses de campanha, os cinco candidatos a prefeito de Joinville devem investir, juntos, até R$ 13,650 milhões. O valor é 110% maior do que o gasto na eleição de 2008. Naquele pleito, os sete candidatos postulantes ao governo municipal gastaram, juntos, R$ 6,5 milhões.

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Há quatro anos, foi o peemedebista Mauro Mariani quem teve o maior investimento durante a eleição, com R$ 2,07 milhões. Neste pleito, o empresário Udo Döhler apresenta a maior estimativa de gastos, com R$ 5,7 milhões. O menor valor orçado fica com o jornalista Leonel Camasão, R$ 50 mil. O valor é referente à soma das estimativas encaminhadas no registro das candidatura à Justiça Eleitoral, que é obrigatório pela legislação.

Doações de empresas e pessoas físicas e verba do fundo partidário são as duas principais fontes de recursos dos candidatos. Mesmo com o primeiro posto quando se trata de estimativa de gastos, Cleonir Branco, presidente do PMDB de Joinville, explica que o valor orçado já leva em conta um eventual segundo turno e não precisa ser necessariamente alcançado.

– É claro que temos uma projeção, mas não quer dizer que isso ocorra. Ainda vamos buscar mecanismos de arrecadação, mas sabemos que nosso maior gasto será com TV e rádio-, afirma.

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Além disso, Cleonir destaca os gastos com material gráfico e contratação de equipe para trabalhar nas eleições.

O prefeito Carlito Merss (PT) trabalha com uma projeção de R$ 3 milhões – segundo custo mais alto – e espera que a maior doação venha do diretório nacional da sigla.

-Deve ser nosso principal recurso. Vamos buscar um pouco mais com filiados-, explica Valceni Celestino, um dos organizadores da campanha do prefeito Carlito, que estima que a maior parte da verba vá para TV e rádio.

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O ex-prefeito Marco Tebaldi (PSDB) levou em conta os gastos que teve nas eleições de 2004, quando foi eleito, e projetou até R$ 2,9 milhões de investimento neste ano. Naquela época, eram permitidos os showmícios (o que faziam os gastos aumentarem).

– Calculei de acordo com o que podemos vir a gastar, mas sabemos o quanto é difícil conseguir arrecadar esse dinheiro. Será difícil alcançar metade desse valor-, fala.

Tebaldi acredita que 70% dos seus gastos irão para contratação de equipe para gravar programas de rádio e TV.

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Gastos devem ser menores

Kennedy Nunes espera consumir cerca de um quarto do valor estimado (R$ 2 milhões). Segundo o deputado estadual, ele já está fazendo cortes em sua campanha ao não contratar agência de publicidade e comandar suas gravações de TV e rádio. Kennedy acredita que parte desse dinheiro virá dos diretórios nacional e estadual do partido.

– Tenho cuidado na hora de buscar doações para não me comprometer, caso venha a ser eleito-, diz. Segundo ele, o maior investimento será na contratação de pessoal e material gráfico para a campanha.

Na outra ponta, a campanha de Leonel Camasão (PSOL) aposta em um gasto máximo de R$ 50 mil. Com o valor, que o candidato espera arrecadar com doações de pessoas físicas e com uma quantia que o partido de Joinville já arrecadou, ele pretende comprar equipamentos de filmagem. Camasão espera ainda contar com a colaboração sem custos de apoiadores para gravar os programas de TV e rádio.

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– Esse valor é acima do que pretendemos gastar. Queremos comprar câmera e outros aparelhos para, nos próximos anos, evitar essa despesa.

Veja a estimativa de cada candidato