Os candidatos a prefeito de Joinville somam 126 mil seguidores/curtidas nas redes sociais, mas ainda estão longe de aproveitar ao máximo as potencialidades do ambiente digital nas Eleições 2020. O doutor em Ciência Política e pesquisador na área de política nas mídias digitais, João Kamradt, diz que os candidatos sabem da importância das redes, mas ainda não entenderam muito bem como elas funcionam.

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O especialista explica que a rede social é um processo contínuo de construção de imagem e posicionamento de marca. Porém, há casos de candidatos que criaram páginas há menos de um mês e outros fazem as mesmas publicações em redes diferentes, sem respeitar as linguagens distintas de cada um dos canais.

– Tem que se criar uma lógica de engajamento e, em uma campanha curta como esta, os candidatos estão, parcialmente, aplicando o que fazem na campanha tradicional e não vendo as redes sociais de maneira decisiva – aponta.

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Para Kamradt, os candidatos entendem a importância das redes sociais, mas ainda não sabem usá-las corretamente e não têm as colocado como prioridade. O pesquisador destaca que a sociedade teve uma mudança na forma de se comunicar e quem entender isso vai ter vantagens.

– Cedo ou tarde alguém vai perceber que tem um filão ali para aproveitar. E quem chegar, vai patrolar – aposta.

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O especialista acredita que possa surgir alguma surpresa nas campanhas para vereador, em que os candidatos costumam se arriscar mais durante o processo eleitoral. Para ele, há chances de algum nome “menos conhecido” e que esteja se saindo bem nas redes sociais conseguir vaga na Câmara. 

Por enquanto, o especialista acredita que o WhatsApp possa ter um papel ainda mais decisivo do que as redes sociais nas eleições de 2020. Isso porque os disparos em massa continuam sendo oferecidos e a Justiça Eleitoral ainda tem dificuldades para monitorar esse recurso.

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Como os eleitores podem aproveitar as redes sociais nas eleições:

Com a força do aplicativo de mensagens e das redes sociais, o eleitor precisa ter uma série de cuidados para não ser vítima de fakenews ou ser prejudicado por informações desencontradas. Para que os joinvilenses possam ter um melhor aproveitamento das mídias para definir o voto, Kamradt sugere algumas dicas:

– Não compartilhe toda informação que você recebe. Respire cinco segundos para pensar se aquela informação é verdadeira. Busque outra fonte com credibilidade para checar. Às vezes, uma consulta ao perfil da pessoa já ajuda a entender se é verdade ou não;

– Crie um certo grau de civilidade ao debate. Discuta dentro de uma lógica em que o outro possa ter um ponto de vista diferente e você consiga respeitar, por mais que não concorde;

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– Memes são divertidos, mas podem provocar uma ofensiva e servir para aumentar o conflito. Quem faz o meme está fazendo política. Tente posicionar esse indíviduo dentro do contexto político;

– Aceite páginas de fora da sua bolha para criar um grupo mais heterogêneo e observar ponto de vistas diferentes.

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