Se até as eleições, no próximo domingo, os cinco candidatos a prefeito de Joinville caminharem tudo o que planejaram em suas agendas, terão percorrido uma distância quase como ir de Joinville a Chapecó, no Oeste do Estado.

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Também terão, nos dois meses entre as convenções partidárias e o dia de votar, cumprido quase seis dias de ininterrupta andança atrás de votos, consumido neste tempo e percurso um número inestimável de garrafinhas de água e ainda dando uma folga para a balança.

Os números não são lá uma matemática tão exata, porque se baseiam em estimativas, mas ajudam a entender as dimensões de um fenômeno que a cada eleição tem se tornado uma das principais estratégias para pedir votos: as caminhadas.

Os próprios candidatos reconhecem que elas dão mais resultados do que carreatas – pela proximidade com o eleitor – e do que os comícios, já fora de moda e que reúnem, na maioria, apenas cabos eleitorais.

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Marco Tebaldi (PSDB), um dos que mais têm apostado na visibilidade das caminhadas e que deve somar 124 quilômetros andados ao fim do primeiro turno, diz que a atividade acaba servindo até como elemento motivador da equipe.

– É algo dinâmico. Vai, cumprimenta um, outro te dá um abraço, te vê de perto. Pega um dia bonito, de sol, o pessoal da campanha se anima. Acaba virando diversão -, conta.

Udo Döhler (PMDB) também tomou gosto pela atividade. Em seu blog de campanha, inclusive, o candidato faz um relato de que a eleição lhe proporcionou algo que a vida de empresário, à frente da indústria Döhler, não lhe oferecia: o contato com pessoas e regiões distantes da cidade, às vezes um tanto esquecidas.

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Pessoas próximas contam que o candidato passou a se soltar durante as andanças, a tomar a frente, cumprimentar, abraçar e conversar com eleitores.

Carlito Merss (PT) diz que gosta de caminhadas no comércio ou de casa em casa para ter

o contato direto com o eleitor, o que tem também ajudado a desconstruir críticas a seu governo.

– Esse contato é um dos nossos principais jeitos de fazer campanha. Aonde vamos e explicamos, conseguimos reverter votos. Eu nunca gostei de carreata, por exemplo. Acho a caminhada mais saudável, mais divertida e melhor para o eleitor, não faz aquela barulheira, não atrapalha tanto -, explica.

Para Kennedy Nunes (PSD), a vida política é nutrida por este contato com os eleitores nas ruas e nas casas.

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– É meu combustível. O que mais me motiva é andar, ver, cumprimentar as pessoas, conversar. Acredito que política tem que ser feita nas ruas, junto com as pessoas -, afirma o candidato.

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