A reportagem de O Sol Diário ouviu os candidatos a prefeito de Itajaí e Navegantes para saber qual seria a melhor alternativa de terceiro acesso para ligar as duas cidades. Todos são unânimes ao dizer que sem apoio dos governos estadual e federal, ou da iniciativa privada, nenhum dos projetos deve sair do papel.
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Ponte
Deodato Casas (PSDB-Itajaí)
Apesar de não tratar a questão como uma prioridade para Itajaí, o candidato à prefeitura da cidade Deodato Casas acredita que uma ponte seria a alternativa ideal de ligação entre Itajaí e Navegantes. Além da questão da mobilidade, ele afirma que a execução de uma obra desse porte contribuiria também para o turismo da região.
– Seria uma alternativa complementar e não definitiva, porque continuaria o acesso pela BR-101 e pelo ferry-boat. Essa ponte seria um ponto turístico para as duas cidades – afirma.
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O candidato lembra que essa ponte é almejada há muito tempo pelas comunidades dos municípios, por isso seria preciso que deputados de todos os partidos se unissem para buscar verba junto ao governo federal para sua execução.
Túnel
Roberto Carlos (PSDB- Navegantes)
Atual prefeito e candidato à reeleição em Navegantes, Roberto Carlos de Souza, é favorável à construção de um túnel imerso ligando as duas cidades. A justificativa do tucano é que o acesso ao túnel ficaria na parte central da cidade, enquanto a ponte teria que ficar mais perto da praia devido à atividade portuária, dificultando, na opinião dele, o acesso de pedestres e ciclistas.
– Com o túnel nós poderíamos promover uma melhor travessia de pedestres e também desenvolver a economia e o turismo das duas cidade – destaca.
O candidato lembra que para a obra sair do papel, a pressão da bancada catarinense da Câmara para conseguir recursos do governo federal é fundamental. Segundo ele, sozinhos os municípios não têm como bancar um projeto desse porte.
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Túnel ou ponte
Jandir Bellini (PP-Itajaí)
Candidato á reeleição em Itajaí, Jandir Bellini, defende tanto os projetos da ponte quanto da construção de um túnel ligando uma cidade à outra. Porém, o progressista acredita que o túnel seria mais barato.
– A ponte por causa da altura teria um investimento maior, já se fala em R$ 500 milhões. O projeto do túnel precisa ser atualizado, mas é possível que fique em torno de R$ 350 milhões a R$ 400 milhões – detalha.
Bellini lembra que os municípios não têm dinheiro para bancar projetos deste porte, mas poderiam contribuir com as desapropriações que ocorreriam. Enquanto a verba para execução deveria ser pleiteada com o Estado, a União e a iniciativa privada.
Trem de superfície
Níkolas Reis (PT-Itajaí)
O petista Níkolas Reis, candidato a prefeito de Itajaí, apresentou uma nova alternativa para a travessia entre Itajaí e Navegantes. Ele acredita que tanto uma ponte quanto um túnel são alternativas viáveis para ligar as duas cidades, mas explica que seu plano de governo prevê um trem como alternativa interessante, além de ser um empreendimento turístico.
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– Deixo claro no plano que é um ideal utópico, mas eu o imagino ligando o Parque Unipraias ao Beto Carrero. É uma alternativa interessante para ligar as cidades e também um empreendimento turístico – destaca.
Para transpor o rio, de qualquer modo, o trem também dependeria de uma ponte. Mas como seria uma ponte de trilhos, Níkolas acredita que seria um investimento mais barato que a construção de uma ponte que suportasse veículos e pedestres. De qualquer modo, o candidato também lembra que os municípios não poderiam arcar com a construção de qualquer um dos projetos que seja, que dependeriam de verba do governo federal ou da iniciativa privada.
Balsa gratuita
Luiz Carlos do Nascimento (PT- Navegantes)
Outro candidato a prefeito, desta vez de Navegantes, que apresentou uma proposta diferenciada para travessia foi Luiz Carlos do Nascimento. Luizão, como é conhecido, pensa que o mais viável para as duas cidades e que poderia ser implantado em curto prazo é uma balsa gratuita para ciclistas e pedestres.
– Como o governo do Estado subsidia a travessia para os trabalhadores e ciclistas, o que dá em torno de R$ 300 mil por mês para a Empresa de Navegação Santa Catarina, essa travessia alternativa seria construída pelo governo estadual e depois teria o custeio dos dois municípios, Navegantes e Itajaí – explica.
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Ele conta que o subsídio não atende toda a população, que passaria a ser atendida. Além disso, Luizão diz que tanto a construção de uma ponte quanto de um túnel dependem de estudos, verba da União e não podem prejudicar a atividade portuária.