Anelisio Machado (Avante), candidato a prefeito de Joinville, participou de entrevista no jornal A Notícia nesta quarta-feira (4). A conversa ocorreu ao vivo com o colunista Jefferson Saavedra e o jornalista Hassan Farias durante 20 minutos.
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Esta foi a terceira de uma série de entrevistas com os 15 candidatos a prefeito de Joinville. Elas são transmitidas diariamente (veja a programação completa) pelo Facebook do AN e pelo YouTube do NSC Total, com exceção do fim de semana, em dois horários: 14 e 15 horas.
As conversas seguem a ordem alfabética dos nomes registrados no Tribunal Superior Eleitoral. Não haverá espaço para perguntas dos leitores, ouvintes e espectadores durante as transmissões.
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Confira alguns dos destaques da entrevista:
Educação
Trabalhamos muito nos bairros da cidade, e a comunidade reclama muito da falta de atenção aos bairros. Principalmente no sentido educação, quando a gente olha que a maioria das crianças aos 12, 13 anos param de estudar porque os pais não têm condições de estar acompanhando direito, e eles estão só meio-período na escola, e o outro período estão no meio da rua, soltos porque os pais trabalham. Então temos que observar este cenário e pensar uma educação diferente na base.
Desde quando nasce a criança e os pais não têm com quem deixar, deixam com a avó. Por que não voltar com as creches domicilares? A prefeitura não vai construir prédios para no futuro jogar às traças como já é feito com alguns no Centro da cidade, mas sim fazer parcerias com as comunidades e as associações de moradores onde há condições de se desenvolver um trabalho diferente e preparar as pessoas da comunidade para atender as crianças recém-nascidas até os cinco anos de idade, que elas tenham condições de ficar em creches comunitárias, mas com educadores. Se for as creches domiciliares, as mães não estão preparadas na parte educacional, mas estão preparadas como mães. E aí faremos treinamentos para que elas sejam treinadas dentro da condição de darem atendimento para estas crianças.
Pandemia
Eu fui crítico e continuo crítico ao sistema porque foi fechado toda a cidade e o Estado de Santa Catarina quando apenas 29 cidades tinham o Covid. E não foi uma situação desconhecida porque Joinville já sabia, Santa Catarina sabia e o Brasil sabia. Fecharam todo mundo em casa, disseram que era por sete dias e multiplicaram por 70 vezes sete. Deixaram vir para Joinville os aviões, cometerem o erro protegendo o que não devia proteger e desprotegendo o que devia ser protegido.
Deveria ser colocada em escala de fechamento e depois em escala de abertura, mas a escala de abertura está sendo por conveniência política e não por realidade. Basta olhar a forma com que são liberados os projetos de agora pode isso e não pode aquilo. O povo que está nos bairros se liberaram. As pessoas não usam máscaras, promovem eventos, e colocaram em descrédito até a doença.
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Mobilidade urbana
[Sobre defender as desapropriações] Não tenho um mapeamento possível, até porque a gente não tem este acesso. Mas ando nas ruas e de alguns pontos a gente já sabe. Estes dias eu estava no Tamandaré e precisava ir no Parque Guarani, e tive que dar uma volta de quatro quilômetros, quando este trajeto poderia ser de 500 metros porque falta fazer uma ligação de três terrenos. No Guanabara, atrás do terminal temos outro ponto crítico, que é só fazer a ligação da ponte e indenizar dois ou três imóveis para a desapropriação.
Joinville se desenvolveu muito na zona Norte e o povo muito na zona Sul. Temos que incentivar que indústrias, comércios, serviçoes e instituições de ensino venham para a zona Sul. E vamos incrementar porque a zona Sul tenha condições de sobreviver e não depender tanto de ter que vir ao Centro ou à zona Norte. Desse jeito a gente já começa a ajudar na mobilidade urbana. E aí, é claro, com estudo e planejamento, verificar onde precisa duplicar, de elevados ou pontes, que vão exigir um planejamento maior e maior orçamento.
Rio Mathias
Teria que fazer um estudo diferente antes de começar estas obras. Não podemos atrapalhar mais os moradores e lojistas dessa região. Vamos fazer uma pequena camada asfáltica para dar condições de sobrevida às pessoas que vivem ali [nas ruas do Centro] e aos comércios. E vamos botar em investigação, se não tiveram coragem na Câmara de Vereadores de fazer uma auditoria e investigar, nós vamos botar auditoria, vamos provocar o Ministério Público e vamos fazer um estudo do que aconteceu antes de tomar verdadeira decisão.
Guarda Municipal
A Polícia Militar tem um trabalho forte mas é resposta do Governo Estadual. Como fica, no verão, quando a nossa PM vai para as praias? O que a gente está construindo é ampliar grandemente a quantidade da Guarda Municipal, não uma guarda de trânsito, mas polícia municipal, para que respondam diretamente ao prefeito e tenham condições de tomar as atitudes de proteção e segurança à nossa sociedade. Serão ostensivos, sim. Será contratado imediatamente os 50 que foram aprovados e tem o concurso público que iremos verificar se podemos aproveitar mais alguém.
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