O candidato Odair Tramontin (Novo) criticou a gestão da pandemia em Blumenau e garantiu que, se eleito, não fará “política com desgraça”. A afirmação foi dada durante uma entrevista ao Santa na noite deste sábado (7). O promotor de Justiça se disse contra o lockdown — fechamento total de atividades por conta da pandemia do coronavírus — e aponta que saúde e economia têm que andar juntas.
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— Não farei política com desgraça, com tem sido feito. Com 200 casos [de Covid-19], Blumenau já esteve fechada por vários meses. É uma demonstração inequívoca de que as decisões são tomadas de olho nas urnas. A minha posição é o respeito à vida humana, mas modelos radicais, como lockdown, não se tem uma comprovação de que funciona. Somos contra lockdown. Saúde e economia andam juntas. Saúde só é eficiente com economia.
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Uma das propostas do plano de governo de Tramontin é eliminar a função de cobrador nos ônibus, para que seja possível melhorar a qualidade do serviço prestado no transporte coletivo — como por exemplo com a implantação climatização dos veículos:
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— Não é por causa de 300, 400, 500 cargos, que você vai deixar de atender os interesses de 360 mil habitantes. Ninguém teria a insensibilidade de fazer isso do dia para a noite. Tivemos vários casos no Brasil em que esse processo foi feito paulatinamente, afinal de contas estamos falando de 500 famílias. Podemos fazer um processo evolutivo, respeitoso, e mostrando aos atingidos e às pessoas afetadas, que é uma mudança para melhor. Precisamos pensar no todo, e não no individual. Temos que enxergar a floresta, não as árvores.
Questionado sobre como governar sem fazer a política do toma lá, dá cá, o candidato Odair Tramontin disse que o diálogo com a Câmara de Vereadores tem que ser constante, sério, transparente com a comunidade e sem conchavos.
— Não tenho problema nenhum em conversar com vereadores, dialogar, mas o diálogo tem que ser republicano, de forma aberta, transparente. Temos que entender que o vereador também tem responsabilidades a prestar. O governador [Romeu Zema, de Minas Gerais] teve um problema de renegociação da dívida. Ele apresentou, e o pessoal [deputados] não quis conversa, disse que não ia aceitar. Então ele disse o seguinte: “esse é meu projeto, se o parlamento tem um melhor, me apresente, que eu encampo a alternativa”. Se for diálogo transparente, não vejo dificuldades.
Assista à entrevista
A agenda de entrevistas
A série de entrevistas vai seguir a ordem alfabética do nome de registro do candidato a prefeito, como descrito no campo “Nome Completo”, no sistema DivulgaCand, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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3/11 – Terça-feira
18h – Ana Paula Lima (PT) “Participação popular é necessária”, diz Ana Paula; confira entrevista
19h – Débora Arenhart (Cidadania)
“Município tem que respirar para crianças e adolescentes”, diz Débora Arenhart; confira entrevista
4/11 – Quarta-feira
18h – Geórgia Faust (PSOL)
“Tarifa zero é real”, diz Geórgia Faust; confira entrevista
19h – Ivan Naatz (PL)
“É preciso resgatar a importância de Blumenau”, diz Ivan Naatz; confira entrevista
5/11 – Quinta-feira
18h – Jairo Santos (PRTB)
“Tem que regularizar as moradias, não só cobrar IPTU”, diz Jairo Santos; confira entrevista
19h – João Natel (PDT)
“Educação é muito importante no nosso plano”, diz João Natel; confira entrevista
6/11 – Sexta-feira
18h – Mário Hildebrandt (Podemos)*
“Temos que fazer outras obras e pontes” diz Mário Hildebrandt (Podemos), candidato a prefeito
19h – Mário Henrique Kato (PCdoB)
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7/11 – Sábado
18h – João Paulo Kleinübing (DEM)*
“A cidade precisa voltar a ousar”, diz Kleinübing (DEM), candidato a prefeito de Blumenau
19h – Odair Tramontin (Novo)
“Não faremos política com desgraça”, diz Odair Tramontin, candidato a prefeito de Blumenau
9/11 – Segunda-feira
18h – Ricardo Alba (PSL)
19h – Wanderlei Laureth (Avante)
* Por conta da incompatibilidade da agenda de um dos candidatos, ambas as assessorias, em comum acordo, aceitaram a troca de horários.