O candidato opositor Guillermo Lasso denunciou nesta terça-feira uma “campanha suja” contra ele antes do segundo turno da eleição, que ocorrerá em 2 de abril, quando o Equador escolherá o sucesso do presidente Rafael Correa.
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“Hoje há uma campanha suja. Utilizam os canais públicos para dizer barbaridades. Ninguém os controla, mas estas mãos estão limpas”, assinalou Lasso, em Quito, durante um encontro com estudantes universitários.
Nos últimos dias, emissoras estatais reproduziram uma reportagem publicada pelo portal argentino Página 12 que relaciona Lasso, ex-banqueiro de direita, a empresas em paraísos fiscais.
Também ligam Lasso a um feriado bancário declarado em 1999, durante a maior crise financeira no Equador, pois foi ministro da Economia do ex-presidente Jamil Mahuad, derrubado em janeiro de 2000.
“É uma infâmia do governo”, apontou Lasso, que assegurou que se ganhar a presidência acabará com a criticada Lei de Comunicação e fará uma nova.
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“Ela já está redigida. Poucos artigos, um deles [é que] a liberdade de expressão é um direito humano e não pode ser nem regulada e nem controlada pelo governo”, declarou.
O presidente Correa também acusa a oposição de fazer uma “campanha suja” em torno dos casos de corrupção para prejudicar a imagem do governo e da chapa governista, liderada pelo ex-vice-presidente Lenín Moreno.
Segundo a mais recente pesquisa da Cedatos – que Correa vincula ao candidato opositor – Lasso lidera a intenção de votos com 50,8%, seguido por Moreno, com 49,2%. Já o Market coloca Moreno com 52,1% e Lasso com 47,9%.
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