O aeroporto de Caracas estava, nesta quarta-feira, com filas cheias na imigração. Explica uma mulher, que inclusive é mesária – e, por isso, não quis se identificar: as pessoas estão chegando para votar na eleição presidencial do próximo domingo. O pleito será o primeiro desde 1998 sem a participação de Hugo Chávez, o controvertido presidente e líder bolivariano que morreu no dia 5 de março.
Continua depois da publicidade
A maioria dos que retornam para votar é simpatizante da oposição. Vota em Henrique Capriles, candidato de oposição.
Por mais que as pesquisas mostrem um sólido favoritismo do governista Nicolás Maduro (de cada seis institutos, cinco dizem que Maduro será eleito), a oposição parece estar confiante na possibilidade de vencer as eleições.
– A economia está mal, falta tudo. Vejo as pesquisas, mas acho que a maioria das pessoas quer votar em Capriles. Pelo menos é o que eu ouço – comentou o taxista Celestino Vargas.
Continua depois da publicidade
Pelas ruas de Caracas, os retratos de Hugo Chávez estão presentes como se fosse ele o candidato do governo. Há, em igual proporção, os dele e os de Maduro.
Repartições públicas, exceto as de urgência, fecharam suas portas desde hoje e só reabrem na segunda-feira, o primeiro dia após as eleições. Depois de desembarcar em Caracas, Zero Hora dirigiu-se ao Museu Histórico Militar, onde estão sepultados os restos de Chávez. Não foi possível chegar ao local em virtude da interrupção do trânsito nas imediações.
A eleição de domingo ocorre das 6h às 18h (horário local), mas o período de votação pode ser ampliado em caso de ocorrência de filas. A Venezuela tem um fuso horário próprio, criado por Chávez, com uma hora e meia de atraso em relação a Brasília. O presidente será eleito para um mandato de seis anos. Além de Maduro e Capriles, os candidatos são Reina Sequera, Fredy Tabarquino, María Bolívar, Julio Mora e José Méndez.
Continua depois da publicidade